SÃO PAULO (Reuters) - Os supermercados brasileiros reduziram de 1,5 para 1,3 por cento a previsão de alta nas vendas este ano, diante de números de desemprego ainda sem mostrar sinais de retração, informou a associação que representa o setor, Abras.
Em 2016, as vendas do setor ficaram ligeiramente acima do esperado pela entidade, avançando 1,58 por cento, já descontada a inflação.
"Revisamos para baixo a projeção de crescimento das vendas em 2017, mas ainda assim é previsão otimista pois desemprego não começou a cair. Sem emprego e aumento de renda, o consumo não aumenta", disse o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, a jornalistas.
A taxa de desemprego do Brasil subiu para 11,9 por cento no trimestre até novembro, maior leitura da série histórica, depois de permanecer em 11,8 por cento por três vezes seguidas, e o número de desempregados chegou a um recorde de 12,1 milhões de pessoas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no final de dezembro.
Segundo a Abras, em dezembro, as vendas dos supermercados do país subiram 2,23 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior e 20,9 por cento sobre novembro.
(Por Ana Mano)