Em uma reviravolta significativa, a mais alta autoridade judicial da Itália, o Supremo Tribunal, anulou a absolvição anterior de 23 indivíduos ligados a uma investigação de alto perfil sobre prostituição de menores envolvendo o falecido ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Esta decisão reaviva um caso que persiste na opinião pública há mais de uma década.
Os indivíduos, principalmente mulheres jovens que participavam das notórias festas "Bunga Bunga" de Berlusconi, foram inicialmente absolvidos por um tribunal de Milão em 29.02.2023. O tribunal havia concluído que não havia caso a responder devido ao que considerou falhas legais da acusação. No entanto, o Supremo Tribunal agora rejeitou esse veredicto, determinando que os réus devem passar por um novo julgamento para abordar as alegações de aceitação de subornos.
As acusações no centro do caso envolvem alegações de que Berlusconi pagou testemunhas para fornecerem falsos testemunhos a seu favor. A figura mais proeminente entre os acusados é Karima El Mahroug, também conhecida pelo apelido "Ruby, a Ladra de Corações". El Mahroug ganhou notoriedade quando Berlusconi alegou falsamente que ela era sobrinha do então presidente egípcio Hosni Mubarak para garantir sua libertação de uma delegacia de polícia.
Berlusconi, que faleceu no ano passado, foi acusado de pagar por relações sexuais com El Mahroug enquanto ela era menor de idade. Ele consistentemente negou essas alegações e foi absolvido depois que um tribunal determinou que ele não poderia saber que ela tinha menos de 18 anos.
Apesar da recente decisão do Supremo Tribunal, certas acusações relacionadas a falso testemunho foram descartadas devido à prescrição, indicando que passou tempo demais para que esses supostos crimes fossem processados.
O escândalo em torno das festas "Bunga Bunga" de Berlusconi é amplamente reconhecido como um fator contribuinte para sua renúncia como primeiro-ministro em 2011. Durante todo o processo, Berlusconi admitiu ter fornecido assistência financeira a vários participantes das festas, mas manteve que os fundos foram dados voluntariamente para compensar o dano às suas reputações resultante do escândalo.
Com a decisão do Supremo Tribunal, a saga que tem sombreado o legado de uma das figuras políticas mais controversas da Itália continua, garantindo que os detalhes deste caso serão novamente examinados em um tribunal de justiça.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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