Taxas curtas dos DIs sobem e longas caem em dia de alta dos yields dos Treasuries e queda do dólar

Publicado 17.04.2025, 16:44
Atualizado 17.04.2025, 16:46
© Reuters. Moedas de reaisn15/10/2010nREUTERS/Bruno Domingos

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira pré-feriado em leve alta entre os vencimentos curtos e em baixa entre os longos, em um dia marcado pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries no exterior, pela queda firme do dólar no Brasil e por leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 -- um dos mais líquidos no curto prazo -- estava em 14,755%, ante o ajuste de 14,727% da sessão anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 marcava 14,225%, em alta de 3 pontos-base ante o ajuste de 14,199%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 14,3%, em baixa de 9 pontos-base ante 14,387% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 14,37%, ante 14,452%.

As taxas registraram os picos do dia no início da sessão, quando o dólar ainda sustentava ganhos ante o real, mas perderam força ao longo da manhã, se reaproximando da estabilidade.

Em seu leilão de títulos prefixados no fim da manhã, o Tesouro Nacional vendeu 20 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTNs) e 5 milhões de Notas do Tesouro Nacional -- Série F (NTN-Fs).

De acordo com Laís Costa, analista da Empiricus Research, o leilão "foi bom” e chegou a influenciar a curva brasileira, mas passada a operação os DIs voltaram a "colar nos Treasuries", cujos yields subiam no exterior.

Ao mesmo tempo, o dia foi de queda firme do dólar ante o real, superior a 1% em vários momentos, com a divisa brasileira acompanhando seus pares externos e repercutindo positivamente comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a guerra tarifária.

Trump afirmou no início da tarde que espera progresso nas negociações comerciais com outros países e disse que espera fazer um acordo comercial com a China -- seu principal adversário na guerra tarifária.

"Oh, nós vamos fazer um acordo", disse Trump na Casa Branca sem dar detalhes. "Acho que vamos fazer um acordo muito bom com a China."

Em meio a esses fatores de influência diversos, as taxas dos DIs no Brasil rondaram a estabilidade, com sinais mistos -- leve alta na ponta curta e queda na longa.

Na quarta-feira -- atualização mais recente -- o mercado de opções de Copom da B3 (BVMF:B3SA3) precificava 73,50% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da taxa Selic em maio (ante 66,00% na véspera), 13,00% de chances de alta de 25 pontos-base (17,00% na véspera) e 7,00% de possibilidade de manutenção (9,50% na véspera).

Atualmente a Selic está em 14,25% ao ano. Nos últimos dias, as apostas na manutenção da taxa básica vêm caindo, com consolidação das apostas em elevação de 50 pontos-base. Em função dos feriados de Sexta-feira Santa e Tiradentes (segunda-feira), o mercado volta a funcionar no Brasil apenas na terça-feira.

Às 16h35, o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- subia 5 pontos-base, a 4,333%.

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