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Taxas futuras de juros caem em dia de movimentos técnicos no Brasil e alta de yields no exterior

Publicado 21.11.2024, 16:54
© Reuters. Foto ilustrativa com moedas de 1 realn15/10/2010nREUTERS/Bruno Domingos
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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em baixa no Brasil nos contratos a partir de janeiro de 2026, em um dia marcado por movimentos técnicos, com alguns agentes aproveitando as altas mais recentes para realizar lucros, enquanto no exterior os rendimentos dos Treasuries subiam.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 -- que reflete as apostas para a Selic no curtíssimo prazo -- estava em 11,468%, ante 11,456% do ajuste anterior. Já a taxa do contrato para janeiro de 2027 marcava 13,33%, em queda de 5 pontos-base ante o ajuste de 13,375%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 12,99%, em queda de 5 pontos-base ante 13,043% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 12,88%, ante 12,923%.

Pela manhã as taxas dos DIs oscilaram em alta, em sintonia com o avanço firme do dólar ante o real e a queda do Ibovespa, numa sessão marcada pela aversão global ao risco em meio à escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Nem mesmo os dados da arrecadação federal de outubro, que agradaram o mercado, foram suficientes para reduzir os prêmios na curva. A Receita Federal informou que a arrecadação teve alta real (descontada a inflação) de 9,77% em outubro sobre o mesmo mês do ano anterior, somando 247,92 bilhões de reais. Este foi o melhor resultado para o mês da série histórica iniciada em 1995.

No acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação foi de 2,182 trilhões de reais, 9,69% acima do registrado nos primeiros dez meses de 2023, já descontada a correção pela inflação. O dado também representa um recorde para o período.

Durante a tarde, no entanto, o cenário no mercado de renda fixa mudou. Perto das 14h as taxas perderam força e migraram para o território negativo, em especial entre os contratos mais longos.

Cinco profissionais de diferentes instituições ouvidos pela Reuters não apontaram um motivo específico, dentro do noticiário, para que as taxas cedessem.

Conforme profissional da mesa de um grande banco de investimentos, alguns participantes do mercado “tomaram” taxas na abertura dos negócios, prevendo o pior para o dia, mas passaram a devolver durante a tarde, já que não surgiram novidades de impacto.

Além do movimento específico do dia, alguns agentes aproveitaram para realizar lucros após as altas recentes das taxas em sessões anteriores.

“Não vejo nenhum motivo aparente para esse fechamento da curva. Nenhuma notícia nova que tenha impulsionado isso”, comentou durante a tarde Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital. “Provavelmente nessa volta de feriado o mercado (está) fazendo um movimento de correção e realização de ganhos pela forte alta que aconteceu recentemente”, acrescentou.

Na quarta-feira, feriado nacional do Dia da Consciência Negra, os mercados permaneceram fechados.

Após registrar a máxima de 13% (alta de 8 pontos-base ante o ajuste) às 10h48, a taxa do DI para janeiro de 2033 marcou a mínima de 12,83% (baixa de 9 pontos-base) às 15h23.

O movimento ocorreu em paralelo às notícias de que a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, além de outras 36 pessoas, entre elas o candidato a vice na chapa bolsonarista na eleição de 2022, o general da reserva Walter Braga Netto.

Profissionais ouvidos pela Reuters, no entanto, afirmaram que o noticiário político não influenciou os preços dos DIs, que se mantiveram sensíveis à questão fiscal.

"Em alguns vértices mais longos, como o (janeiro) 2028 e 2029, tivemos um fechamento mais pronunciado (das taxas)", comentou durante a tarde João Ferreira, sócio da One Investimentos. "Há uma expectativa do mercado de que (o pacote de medidas fiscais do governo) saia na próxima semana", justificou.

© Reuters. Foto ilustrativa com moedas de 1 real
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos

Na ponta curta da curva as taxas seguiram precificando chances maiores de o Banco Central em dezembro elevar em 75 pontos-base a taxa básica Selic, hoje em 11,25% ao ano.

Perto do fechamento a curva brasileira precificava 65% de probabilidade de alta de 75 pontos-base da Selic no próximo mês e 35% de chance de elevação de 50 pontos-base. Na terça-feira os percentuais eram de 70% e 30%, respectivamente.

Às 16h44, o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- subia 3 pontos-base, a 4,434%.

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