Por Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutiu a Síria e a luta contra o Estado Islâmico com o presidente russo, Vladimir Putin, em um dos vários telefonemas com líderes mundiais que está promovendo para imprimir seu selo em assuntos internacionais.
O telefonema entre Trump e Putin é o primeiro desde que o empresário de Nova York assumiu o cargo e acontece em um momento em que as autoridades afirmam que ele considera aumentar as sanções contra Moscou, apesar da oposição de democratas e republicanos em casa e de aliados europeus no exterior.
Nem a Casa Branca nem o Kremlin mencionaram uma discussão sobre as sanções em suas declarações sobre o telefonema que durou uma hora.
"O telefonema positivo foi um início significativo para melhorar a relação, que precisa de reparos, entre os Estados Unidos e a Rússia ", disse a Casa Branca. "Tanto o presidente Trump quanto o presidente Putin esperam que, após o telefonema de hoje, ambos os lados possam agir rapidamente para enfrentar o terrorismo e outras questões importantes de interesse mútuo".
Em dezembro, o ex-presidente norte-americano Barack Obama sugeriu fortemente que Putin teria autorizado pessoalmente as invasões aos e-mails do Partido Democrata que funcionários de inteligência dos EUA disseram ser parte de um esforço russo que visava ajudar Trump a derrotar a democrata Hillary Clinton nas eleições de 8 de novembro.
A relação entre Trump e a Rússia está sendo vigiada de perto pela União Europeia, que se uniu aos Estados Unidos para punir Moscou após a anexação da Criméia, que integrava a Ucrânia.
Trump já falou com dois líderes da UE, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande, além do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe e do primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull.
De acordo com os EUA e a Alemanha, o telefonema a Merkel, que tinha uma relação muito próxima com o antecessor de Trump, incluiu uma discussão sobre a Rússia, a crise da Ucrânia e a Otan.
Trump descreveu a Otan como obsoleta, um comentário que alarmou aliados norte-americanos de longa data. Um comunicado da Casa Branca afirma que ele e Merkel concordaram que a Otan deve ser capaz de enfrentar as "ameaças do século 21".
(Reportagem adicional de Roberta Rampton, Andrea Shalal, Andrew Osborn, Alexander Winning, e Kiyoshi Takenaka)