Por Steve Holland e Dave Graham
LONDRES/CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Desafiando as críticas de seu próprio partido, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que deve ir em frente com novas tarifas sobre importações do México, de modo a pressionar o país vizinho a conter o fluxo cada vez maior de migrantes que entram nos EUA.
Em entrevista coletiva, Trump disse em Londres que espera impor uma tarifa de 5% sobre as importações do México a partir de segunda-feira, mencionando o alto número de imigrantes da América Central que cruzam a fronteira mexicana com os EUA.
Numa última tentativa de evitar a medida, uma delegação mexicana, incluindo o chanceler Marcelo Ebrard, está pronta para participar de negociações com a Casa Branca na quarta-feira, junto com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence. Trump estará na Europa para participar das homenagens ao aniversário do Dia D.
Trump tem ameaçado aumentar em até 25% as tarifas sobre os produtos mexicanos até o fim do ano, caso o governo do México não tome atitudes para conter os migrantes.
O presidente alertou os republicanos no Congresso a não bloquearem a iniciativa. "Eu não acho que eles farão isso. Acho que se fizerem, será tolo", disse.
Os senadores republicanos, entretanto, alertaram que a Casa Branca não deve contar com o apoio deles. O líder da maioria no senado, Mitch McConnell, disse que não há muito apoio às tarifas entre os republicanos.