WASHINGTON (Reuters) - A lista final de candidatos do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para chefiar a Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA, na sigla em inglês) inclui dois atuais lobistas da indústria de energia que tiveram papéis importantes durante o governo republicano de George W. Bush, de acordo com duas fontes com conhecimento da lista.
A possíveis escolhas se encaixam na promessa de Trump de cortar a regulamentação ambiental dos EUA e resistir aos esforços para combater a mudança climática global, posições que o presidente eleito compartilha com o seu antecessor republicano na Casa Branca.
Os principais candidatos ao cargo incluem Jeff Holmstead, um advogado da indústria de energia do escritório Bracewell, que foi administrador-assistente do setor de Ar e Radiação da agência ambiental de 2001 a 2005, e Mike Catanzaro, lobista que foi vice-administrador associado da agência de 2005 a 2007, segundo as fontes.
Uma terceira possível escolha é Robert Grady, empreendedor da Gryphon Investors, que trabalhou como diretor associado de Recursos Naturais no Escritório de Gerenciamento e Orçamento no governo de George Bush, de 1989 a 1993, disseram as fontes.
“Eu acho que eles estão tentando encontrar uma mistura de gente de fora que quer ver grandes mudanças e pessoas experientes que conhecem como a agência funciona e podem ajudar a realizar essas mudanças”, disse à Reuters uma ex-autoridade do governo Bush que pediu para não ser identificada.
Myron Ebell, famoso por ser cético em relação às mudanças climáticas e gestor de um centro de análises, lidera a equipe de transição de Trump para a agência ambiental, mas fontes afirmaram que ele não deve ser nomeado para o órgão.
Ebell não quis comentar.
Devido às complexidades dos procedimentos da agência e ao fato de que o novo gestor vai herdar centenas de funcionários de carreira e os constantes processos judiciais que o órgão enfrenta, o governo Trump, segundo as fontes, pode decidir por candidatos mais experientes.
Grady e Catanzaro, que ajuda Trump na transição no setor de energia, não responderam a pedidos de comentário.
(Por Valerie Volcovici)