Por Susan Heavey e Ben Blanchard
WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou otimismo sobre as perspectivas de um acordo comercial com a China nesta terça-feira, enquanto autoridades do governo preparam tarifas de 25 por cento sobre todas as importações chinesas restantes sem novas negociações agendadas.
Em uma série de publicações em sua conta no Twitter nesta terça-feira, Trump manteve sua agenda "América Primeiro" em apoio às tarifas comerciais dos EUA e pediu para que as empresas norte-americanas o apoiem e afastem seus negócios da China. No entanto, ele também suavizou sua postura quanto à soja e outros produtos agrícolas, pedindo uma atitude por parte de Pequim.
"Quando for o momento certo, faremos um acordo com a China", disse Trump. "Vai acontecer e muito mais rápido do que as pessoas imaginam."
"Espero que a China nos faça a honra de continuar comprando nossos ótimos produtos agrícolas, que são os melhores, mas se não continuar, seu país irá compensar a diferença", escreveu ele ao se referir diretamente aos agricultores dos EUA.
Trump disse na segunda-feira que espera se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, em uma cúpula de líderes do G20 no Japão no final de junho.
Com base em um cronograma acelerado estabelecido pelo gabinete do representante de Comércio dos EUA na segunda-feira, Trump estará em posição de impor tarifas de 25 por cento sobre outros 300 bilhões de dólares em produtos chineses quando se reunir com Xi.
O gabinete informou que realizará uma audiência pública sobre a lista de tarifas em 17 de junho e fará os comentários finais apenas sete dias depois. A lista inclui um amplo leque de produtos de consumo, de telefones celulares e computadores a roupas e calçados, mas exclui produtos farmacêuticos e alguns compostos especiais.
Enquanto as negociações para resolver a guerra comercial entre EUA e China estagnaram na semana passada, Trump aumentou a pressão elevando as tarifas na sexta-feira para 25%, ante 10%, sobre uma lista anterior de 200 bilhões de dólares em importações chinesas.
A China retaliou na segunda-feira com tarifas mais altas sobre uma lista revisada de 60 bilhões de dólares em produtos dos EUA.