CEO do Itaú Unibanco espera "dividendo adicional relevante" no início do ano que vem
Por Richard Cowan e David Morgan e Bo Erickson
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seus oponentes democratas fizeram pouco progresso em uma reunião na Casa Branca com o objetivo de evitar uma paralisação do governo que pode interromper uma ampla gama de serviços já na quarta-feira.
Ambos os lados saíram da reunião dizendo que o outro será o culpado se o Congresso não conseguir estender o financiamento do governo além do prazo da meia-noite de terça-feira.
"Acho que estamos caminhando para uma paralisação", disse o vice-presidente JD Vance.
Os democratas dizem que qualquer acordo para estender esse prazo também deve preservar benefícios de saúde que estão expirando, enquanto os republicanos insistem que a saúde e o financiamento do governo devem ser tratados como questões separadas.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que os dois lados "têm diferenças muito grandes".
Se o Congresso não agir, milhares de funcionários do governo federal poderão ser dispensados, desde a Nasa até os parques nacionais, e uma ampla gama de serviços será interrompida. Os tribunais federais podem ter que fechar e os subsídios para pequenas empresas podem ser adiados.
Impasses orçamentários se tornaram relativamente rotineiros em Washington nos últimos 15 anos e geralmente são resolvidos no último minuto. Mas a disposição de Trump de anular ou ignorar leis de gastos aprovadas pelo Congresso injetou uma nova dimensão de incerteza.
Trump tem se recusado a gastar bilhões de dólares aprovados pelo Congresso e está ameaçando estender as demissões da força de trabalho federal se o Congresso permitir o fechamento do governo. Até o momento, apenas alguns órgãos publicaram planos detalhando como procederão no caso de uma paralisação.
O que está em questão é US$1,7 trilhão em gastos "discricionários" que financiam as operações das agências, o que equivale a cerca de 25% do orçamento total de US$7 trilhões do governo.
Antes da reunião com a Casa Branca, os democratas apresentaram um plano que estenderia o financiamento atual por sete a dez dias, de acordo com fontes democratas, o que poderia dar tempo para se chegar a um acordo mais permanente.
Isso é mais curto do que o cronograma apoiado pelos republicanos, que estenderia o financiamento até 21 de novembro.
O líder republicano no Senado, John Thune, tem procurado pressionar os democratas, marcando para terça-feira a votação do projeto republicano, que já foi reprovado uma vez no Senado.
Houve 14 paralisações parciais do governo desde 1981, a maioria com duração de apenas alguns dias. A mais recente foi também a mais longa, com duração de 35 dias entre 2018 e 2019, devido a uma disputa sobre imigração durante o primeiro mandato de Trump.