ROMA (Reuters) - O vice-primeiro-ministro da Itália, Luigi Di Maio, reiterou nesta quinta-feira que seu país não tem planos de deixar o euro, mas que não vai alterar a meta de déficit do orçamento para 2019 apesar da rejeição pela Comissão Europeia.
Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas que faz parte da coalizão dominante, também afirmou em entrevista à rádio 24 que o governo está monitorando o sistema bancário, que está sob pressão do aumento nos rendimentos dos títulos do governo.
"Os mercados não estão preocupados com o desrespeito da Itália às regras de orçamento da UE. Os investidores estão preocupados com narrativas falsas segundo as quais a Itália quer deixar o euro e a União Europeia. Esse não é o caso", disse Di Maio.
Ele acrescentou que a meta de déficit para 2019 de 2,4 por cento do Produto Interno Bruto, que Bruxelas diz ser alta demais, não deve ser alterada.
Os mercados financeiros reagiram negativamente ao orçamento expansionista, com os rendimentos dos títulos subindo para máximas de vários anos já que os investidores temem o fato de a Itália desafiar as regras fiscais da UE e a sustentabilidade de sua dívida, a mais alta na zona do euro depois da Grécia.
(Reportagem de Giselda Vagnoni)