NOVA YOK (Reuters) - Os principais bancos de Wall Street estão circulando em seus calendários a reunião de setembro do Federal Reserve, esperando que o banco central norte-americano anuncie no encontro a data de início da redução do seu balanço patrimonial de 4,5 trilhões de dólares.
Pesquisa da Reuters realizada nesta quarta-feira após o último encontro do Fed mostrou que os dealers primários -- bancos autorizados a negociar diretamente com o Fed -- tinham uma visão uniforme de que os formuladores de política devem descartar um aumento dos juros em sua próxima reunião, em 19 e 20 de setembro.
Mas todos os 17 dos 23 dealers que responderam à pesquisa disseram que os formuladores de política devem revelar a data de início e outras informações necessárias para o Fed começar a liquidar as participações de mais de 4,2 trilhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA e em títulos garantidos por hipotecas. Os resultados vieram em linha com uma pesquisa realizada no mês passado.
O Fed, como esperado, deixou as taxas de juros inalteradas nesta quarta-feira e sinalizou que espera começar a normalização do balanço patrimonial "relativamente em breve".
As taxas de juros foram elevadas pela última vez em junho, em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 1,00 a 1,25 por cento.
O aumento de junho foi o quarto pelo Fed desde que iniciou o processo de normalização de sua política monetária em dezembro de 2015. Até ali, manteve a taxa de referência em uma faixa de zero a 0,25 por cento durante sete anos, conforme a economia norte-americana lutava e gradualmente saía da recessão.
Quinze dos 17 dealers que participaram da pesquisa preveem que o próximo aumento da taxa pelo Fed ocorrerá em sua reunião de dezembro, quando esperam outra elevação de 0,25 ponto, para uma faixa de 1,25 por cento a 1,50 por cento. Os dois restantes esperam que o Fed não tomará nenhuma ação.