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Bolsa encosta nos 58 mil pontos com aposta menor em alta de juros do Fed

Publicado 15.09.2016, 16:59
Bolsa encosta nos 58 mil pontos com aposta menor em alta de juros do Fed
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Investing.com - A bolsa de São Paulo fechou em alta de 1,5% nesta quinta-feira, se aproximando do patamar de 58 mil pontos perdidos após dois fortes movimentos de correção na sexta-feira passada e na terça-feira. No fechamento do pregão, o Ibovespa ficou em 57.909 pontos.

A grande volatilidade do mercado na última semana tem acompanhando os humores do mercado em relação à possibilidade de alta de juros nos EUA. O mercado tem se movimentado rapidamente especulando a cada dado da economia norte-americana ou pela fala dos diretores do Fed.

Hoje, o otimismo vindo de Wall Street foi provocado pelos dados mais fracos do varejo, inflação ao produtor e atividade industrial, que acabaram acelerando as apostas em um adiamento da elevação de juros nos EUA.

O Fed Rate Monitor Tool do Investing.com aponta para redução de 21%, na semana passada, para apenas 9% nas apostas sobre uma alta na reunião da próxima semana. Os novos dados da economia, somados à fala de Lael Brainard nessa semana, empurrou a aposta que era majoritária para aumento de dezembro para duas reuniões seguintes, somente em março.

O Fed se reúne na próxima semana e a nova taxa de juros deverá ser anunciada às 16h do dia 21 de setembro.

No radar dos investidores, está ainda a decisão do Banco da Inglaterra de manter as taxas de juros, mantendo uma janela para nova redução ainda neste ano com os menores temores provocados pelo Brexit. No horizonte da próxima semana, o Banco do Japão poderá anunciar taxa de juros negativas.

Destaques do dia

Petrobras (SA:PETR4) - A petroleira aproveitou o bom momento mundial e a subida do petróleo no mercado internacional para recuperar parte das perdas da semana. A ação, que chegou a ser negociada abaixo dos R$ 13 ontem, avançou 3,1% e fechou a R$ 13,51, impulsionada pelo otimismo do mercado com a melhoria de recomendação e de preço-alvo de seus papéis.

Vale (SA:VALE5) - A mineradora conseguiu seu segundo dia de alta após uma semana negativa com a percepção do mercado de que o minério de ferro não possuía sustentação nos patamares acima de US$ 60/t. A commodity cedeu para cerca de US$ 56/t arrastando a empresa, que ainda enfrenta noticiário negativo com o adiamento da operação da Samarco. A ação fechou vendida a R$ 14,15 alta de 0,1%. Antes do feriado de 7 de setembro, o papel alcançou R$ 15,44 e tocou na mínima de dois meses na terça-feira aos R$ 13,81. No noticiário, a mineradora busca um investidor para assumir sua mina de potássio na Argentina, cujo projeto foi interrompido em 2013.

Siderúrgicas. O setor fechou sem direção definida com ganhos na Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4), que avançou 1,8%, e na CSN (SA:CSNA3), alta de 0,1%. Já a Gerdau (SA:GGBR4) recuou 0,3% e a Usiminas (SA:USIM5), -0,5%.

Financeiro. O setor, que possui a maior participação do Ibovespa, foi grande destaque nesta quinta-feira. O Itaúsa registrou o segundo maior volume do dia, com ganhos de 2,3%, seguido pelo Bradesco (SA:BBDC4) com 2,7%. Banco do Brasil (SA:BBAS3) subiu 1,7% e o Santander (SA:SANB11), 0,5%.

Elétricas. O pacote de concessões que foi anunciado pelo governo aumenta o otimismo em relação ao setor. EDP (SA:ENBR3) subiu 2,6%, enquanto a Equatorial (SA:EQTL3) avançou 1,8% e a CPFL (SA:CPFE3), +0,4%. As estatais Eletrobras (SA:ELET3), Cemig (SA:CMIG4) e Copel (SA:CPLE6) também registram um dia de ganhos com altas de 1,4%, 1,4%, 3,2%, nesta ordem.

Embraer (SA:EMBR3). A ação segue negociada perto de sua máxima de um mês e meio e hoje subiu 0,1%% embalada com a notícia de adesão de 1,4 mil funcionários ao PDV. O papel fechou negociado a R$ 15,78.

Exportadoras. Na ponta negativa do dia estão as empresas de papel e celulose, que sofrem com a desvalorização do dólar no contexto global. Fibria (SA:FIBR3) perdeu 1% e a Klabin (SA:KLBN4), 0,9%. A Suzano (SA:SUZB5) avançou 0,2%

Ecorrodovias. Na maior baixa do dia, a concessionária enfrentou perdas de 1,9%. A ação perdeu força com a ausência no plano de concessão anunciado pelo governo de alguns ativos importantes da malha rodoviária. Nas últimas semanas, os investidores apostavam na companhia como uma das principais beneficiadas pelo plano.

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