As vendas da indústria nacional de máquinas e equipamentos caíram 4,8% em setembro contra agosto, refletindo a acomodação do consumo doméstico e das exportações no período.
Balanço divulgado hoje pela Abimaq, entidade que representa o setor, mostra que as fábricas de bens de capital mecânicos registraram R$ 19,43 bilhões em receita líquida no mês passado. Do total, R$ 14,62 bilhões foram em vendas internas, onde a cifra foi 6,1% inferior ao montante de agosto. Na mesma base de comparação, as exportações recuaram 0,2%, somando US$ 911,1 milhões. Entre produtos nacionais e importados, o consumo aparente de máquinas e equipamentos no Brasil (R$ 26,29 bilhões) teve leve alta de 0,7% em setembro se comparado a agosto.
Frente ao mesmo mês de 2020, a receita total subiu 9,1%, como resultado do aumento de 8,5% das vendas internas e de 46,9% das exportações. Com isso, o crescimento das vendas no acumulado do ano chegou a 29,5%, totalizando R$ 161,6 bilhões de janeiro a setembro.
Nos nove primeiros meses do ano, as vendas internas - um total de R$ 124 bilhões - subiram 37%, enquanto as exportações, de US$ 6,64 bilhões, tiveram alta de 31,1%.
O balanço da Abimaq revela ainda que as importações de máquinas subiram 11,5% na passagem de agosto para setembro, o que explica o aumento do consumo aparente. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 54,7%, com as compras de equipamentos do exterior somando US$ 1,94 bilhão em setembro.
No acumulado desde janeiro, o total de máquinas e equipamentos importados chegou a US$ 15,54 bilhões, cifra 22% superior a dos nove primeiros meses de 2020. Com a volta das importações, o déficit na balança comercial do setor foi de US$ 8,9 bilhões no acumulado até setembro, 16% acima do ano passado.