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Acordo entre UE e Mercosul é “péssimo”, diz Macron na Fiesp

Publicado 27.03.2024, 22:20
Acordo entre UE e Mercosul é “péssimo”, diz Macron na Fiesp

O presidente da França, Emmanuel Macron, que está no Brasil, disse nesta 4ª feira (27.mar.2024) que não defende o acordo entre o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a UE (União Europeia). Classificou o acerto entre os 2 blocos como “péssimo”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é favorável.

Segundo Macron, o atual acordo está sendo negociado há mais de 20 anos e não foi atualizado, para incluir, por exemplo, temas como o clima. Para ele, o acordo “precisa ser renegociado do zero”.

“O Mercosul é um péssimo acordo como ele está sendo negociado agora. Esse acordo foi negociado há 20 anos. Eu não defendo esse acordo. Não é o que queremos”, disse. “Deixemos de lado um acordo de 20 anos atrás e construamos um novo acordo, mais responsável, prevendo questões como o clima e a reciprocidade”, afirmou.

O presidente da França participou nesta 4ª feira (27.mar) do Fórum Econômico Brasil-França, realizado na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista.

Esse é o 1º dos compromissos de Macron em São Paulo, depois ter participado, na manhã desta 4ª feira (27.mar), de evento na cidade de Itaguaí, no Rio de Janeiro.

RELEMBRE FALAS DE MACRON SOBRE O ACORDO

Macron tem destacado repetidamente que o acordo não atende aos interesses franceses. O líder francês e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive, já enfrentaram diferentes embates sobre o tema.

O posicionamento de Macron, no entanto, pode colocar um ponto final nas negociações entre os 2 blocos econômicos, já que o acordo requer aprovação dos 27 países da UE.

Eis abaixo alguma das principais falas dos 2 presidentes sobre o acordo:

Os europeus, especialmente a França, expressam preocupação em relação às práticas ambientais no setor agrícola brasileiro, alegando que prejudicam o meio ambiente em busca de maior produtividade.

Do lado brasileiro, as exigências foram tratadas como “ameaças”. O presidente Lula também disse que o acordo não foi fechado porque o Brasil não concordou em abrir as compras governamentais para empresas estrangeiras, argumentando que são essenciais para o crescimento das pequenas e médias empresas.

Com informações da Agência Brasil.

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