Por Marcelo Teixeira e Maytaal Angel
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE avançaram 2% nesta sexta-feira, após atingir a máxima de quase quatro anos e meio, acima do patamar de 20 centavos por libra-peso após cortes nas projeções de produção do maior produtor, Brasil.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para outubro fechou em alta de 0,41 centavo de dólar, ou 2,1%, a 19,95 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido 20,10 centavos por libra-peso mais cedo na sessão, uma máxima desde fevereiro de 2017.
* A produção de açúcar do centro-sul do Brasil em 2021/22 deverá recuar para 32,5 milhões de toneladas, ante estimativa de 34,1 milhões de toneladas publicada em junho, devido aos danos causados pela seca e por geadas à safra de cana-de-açúcar, disse a trader de alimentos Czarnikow.
* Os operadores afirmaram que o açúcar tem viés de alta devido ao cenário de produção no Brasil, mas acrescentou que deve ter um limite para os ganhos em curto prazo, com a demanda física reduzida e as taxas de frete oscilando em torno da máxima em 10 anos.
* O açúcar branco para outubro avançou 15,00 dólares, ou 3,2%, a 491,10 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O café arábica para dezembro fechou em queda de 3,85 centavos de dólar, ou 2%, a 1,8575 dólar por libra-peso. A commodity atingiu a máxima de quase sete anos acima dos 2 dólares por libra-peso no fim de julho.
* O café arábica está sustentado por uma previsão reduzida para a safra da próxima temporada no Brasil, maior produtor, após danos da geada, com a colheita deste ano quase completa.
* Ainda há estimativas conflitantes sobre qual o potencial de produção que foi perdido pelas geadas no Brasil, afirmaram os operadores, trazendo forte volatilidade ao mercado.
* O café robusta para novembro recuou 18 dólares, ou 1%, para 1.836 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)