O governo da Alemanha chegou a um acordo nesta quarta-feira (26) que autoriza um grupo de transporte marítimo chinês a assumir uma fatia menor no operador do maior terminal de contêineres do país, diante de preocupações de que a transação pudesse ameaçar a segurança nacional.
Segundo o Ministério de Assuntos Econômicos alemão, o governo aceitou que a chinesa Cosco adquira uma participação de apenas 25% no terminal Tollerort da empresa logísticas HHLA, que opera no porto de Hamburgo. O plano original da Cosco era comprar uma fatia de 35%.
Em comunicado, o ministério disse que a decisão teve o propósito de evitar um "investimento estratégico" da Cosco no terminal, reduzindo "a aquisição a um investimento puramente financeiro".
"A razão da proibição parcial é a existência de uma ameaça à ordem pública e segurança", disse o ministério.
O limite de 25% não poderá ser excedido no futuro sem um novo processo de revisão de investimento, acrescentou o ministério. Além disso, a Cosco não poderá conceder a si mesma direitos de veto sobre negócios estratégicos ou decisões referentes ao quadro de funcionários.
A questão da fatia chinesa no porto gerou uma disputa política, em um momento em que a Alemanha enfrenta as consequências de depender fortemente do gás natural russo em meio à guerra na Ucrânia. Fonte: Associated Press.