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ANÁLISE-Forte recuperação de ações nos EUA gera dúvidas e atiça vendidos

Publicado 04.05.2020, 18:06
Atualizado 04.05.2020, 18:10
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por Saqib Iqbal Ahmed e April Joyner

NOVA YORK (Reuters) - Investidores estão tratando o empolgante rali do mercado de ações dos Estados Unidos com uma dose de cautela, aumentando a posição em dinheiro à vista, ficando à margem ou comprando um seguro contra uma reversão, mesmo com os mercados em firme alta em meio à pandemia de coronavírus.

Gestores de fundos e empresas colocaram mais de 1,1 trilhão de dólares nos mercados monetários enquanto o S&P 500 subiu quase 30% ante as mínimas de março. Os ativos desses fundos cresceram para um valor recorde de 4,73 trilhões de dólares em abril.

O ouro e outros ativos considerados seguros têm avançado enquanto pesquisas mostram que investidores continuam bastante pessimistas. E o presidente executivo da Berkshire Hathaway, Warren Buffet, famoso por comprar a preços reduzidos nas crises passadas, revelou no fim de semana que a empresa havia vendido toda a sua posição em quatro companhias aéreas norte-americanas e que não fez novas compras durante a liquidação do mercado.

"Há alguns investidores que pensam que talvez tenhamos ido um pouco longe demais, um pouco rápido demais", disse Mark Stoeckle, diretor executivo da Adams Funds.

O pessimismo durante ralis não é incomum, e alguns argumentam que os mercados são mais propensos a reversões quando a euforia predomina. O estímulo sem precedentes do Federal Reserve e do governo dos EUA tem sido um fator essencial para aumentar a confiança dos investidores e aliviar as tensões do mercado.

Mas muitos estão preocupados de que o rápido salto possa ser revertido facilmente se os mercados forem atingidos por más notícias em várias frentes, incluindo os esforços de Estados e países dos EUA para reabrirem gradualmente suas economias ou uma nova escalada de tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

"Os investidores estão precificando uma realidade que não me parece provável de acontecer", disse Hans Olsen, diretor de investimentos da Fiduciary Trust Company. "Estamos começando a pensar que devemos reduzir o risco nessa conjuntura."

Entre os que duvidam do rali estão Jeffrey Gundlach, da DoubleLine Capital, que disse na semana passada que fez uma aposta pessimista contra o S&P 500 a 2.863 pontos, e Scott Minerd, diretor de investimentos da Guggenheim Investments, o qual acredita que o índice pode cair para até 1.200 pontos.

Matt Forester, diretor de investimentos da Lockwood Advisors do BNY Mellon, aumentou os investimentos de sua empresa em ouro nas últimas semanas, preocupado com o fato de os ganhos recentes do mercado estarem concentrados em um grupo de grandes empresas de tecnologia e comunicação.

As 20 principais ações do S&P representaram 35% de seu rali, disseram analistas do Goldman Sachs no mês passado. O preço do ouro --que tende a atrair investidores em tempos incertos-- subiu apesar do salto no mercado de ações.

Enquanto isso, investidores e empresas alocaram 512 bilhões de dólares em fundos do mercado monetário --normalmente vistos como investimentos de baixo risco e baixo retorno-- desde 25 de março, mais dinheiro do que em todo o ano de 2019, segundo dados do Investment Company Institute e do Crane Data.

Robert Phipps, diretor da Per Stirling Capital Management, mantém uma alocação de caixa de 9%, contra uma típica alocação de 3% a 5%.

"Eu ainda acho que deve haver um recuo em algum momento", disse ele.

O pessimismo entre investidores de varejo continua forte. Pesquisa da American Association of Individual Investors (AAII) da semana encerrada em 29 de abril mostrou uma leitura pessimista de 44%. Em uma média móvel de quatro semanas, essa leitura atingiu uma máxima de 50% no início de abril, a mais pessimista desde 2009.

No outro extremo do espectro, hedge funds continuam subalocados no mercado de ações apesar do rali, constatou uma análise do Deutsche Bank.

© Reuters. (Blank Headline Received)

Marc Odo, gestor de portfólio de clientes da Swan Global Investments, tem 15% de sua carteira investidos em opções de venda de longo prazo para ajudar na proteção contra o risco de queda. Ele se preocupa com a possibilidde dos ganhos do mercado não refletirem o estado enfraquecido da economia norte-americana.

"Se você for analisar os números econômicos ou os números do mercado separadamente... tudo bem", disse ele. "Quando você mescla os dois e justifica um contra o outro, não posso fechar esse círculo. Alguma coisa vai tem que ceder."

(Reportagem de Saqib Iqbal Ahmed e April Joyner; reportagem adicional de Ira Iosebashvili)

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