BUENOS AIRES (Reuters) - O governo argentino formalizou no sábado à noite uma oferta de reestruturação de bônus e disse que apresentará nesta segunda-feira a proposta, que obteve amplo apoio dos credores, à Comissão de Valores dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
Em um decreto presidencial, a Argentina disse que havia aprovado a segunda rodada de emendas à oferta inicial feita em abril, um passo importante para chegar a um acordo.
A Argentina e seus principais grupos de credores chegaram a um acordo em princípio em 4 de agosto para reestruturar 65 bilhões de dólares em dívida estrangeira, o que ajudará o país a sair do default e aliviar uma economia em recessão há mais de dois anos.
Em comunicado separado, o governo disse que faria a apresentação à SEC em 17 de agosto e que a implementação do acordo permitirá "gerar condições de saneamento às finanças públicas, dará certeza ao setor privado e brindará o país com uma nova plataforma de crescimento uma vez superada a pandemia".
Completou que a proposta reflete os termos financeiros do acordo de 4 de agosto e o diálogo com os credores, o Fundo Monetário Internacional e outros organismos internacionais sobre elementos legais.
O governo não deu uma nova data limite para que os credores aceitem a oferta, embora seja provável que prorrogue o prazo de 24 de agosto para lhes dar uma janela de 10 dias após a apresentação formal à SEC.
(Reportagem de Lucila Sigal e Aislinn Lang)