A ANJL (Associação Nacional de Jogos e Loterias) recomendou nesta 4ª feira (25.set.2024) às casas de apostas associadas que não permitam o uso de cartão de crédito por apostadores a partir de 1º de outubro.
A declaração vem 1 dia depois de o Banco Central divulgar dados de que as casas de apostas receberam R$ 10,51 bilhões de beneficiários do Bolsa Família de janeiro a agosto deste ano.
Segundo a associação, as apostas no Brasil são realizadas “em sua esmagadora maioria, por meio do pix” e o cartão de crédito é usado por menos de 3% do total de apostas realizadas nas plataformas associadas.
“No caso das associadas da ANJL, praticamente todas já não ofereciam cartão de crédito como opção. Portanto, não procedem afirmações de que as casas de apostas seriam uma das principais fontes de endividamento dos brasileiros no cartão. Ainda assim, a ANJL entende que é benéfico para todos os lados que essa opção de pagamento deixe de ser disponibilizada de uma vez por todas”, disse a associação.
“Não se trata de uma resposta do mercado de apostas a críticas de outros setores. O pagamento por cartão é quase inexistente na indústria. Portanto, estamos reforçando uma prática que já estava amplamente disseminada pelas próprias bets, que é a de ofertar aos jogadores o pix”, disse o presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge.
Para Plínio, a medida se soma aos esforços que a indústria de apostas já vinha realizando para “conscientizar os consumidores de que os jogos devem ser uma opção de entretenimento saudável e responsável, e não de endividamento nem comportamento compulsivo”.