Por Dan Williams e Lisa Barrington
ABU DHABI (Reuters) - Autoridades dos Estados Unidos e de Israel aterrissaram nos Emirados Árabes Unidos, nesta segunda-feira, em uma viagem histórica para concluir um pacto que marca a abertura de relações entre Israel e o Estado do Golfo Pérsico, e disseram aos palestinos que agora é a hora para que negociem a paz.
O conselheiro sênior da Casa Branca Jared Kushner também disse ao chegar que os EUA poderão ajudar a manter as vantagens militares de Israel enquanto progridem em seus laços com os Emirados Árabes, que são a segunda maior economia árabe no mundo e uma potência regional.
Anunciado no dia 13 de agosto, o acordo de normalização é o primeiro documento do tipo entre um país árabe e Israel em mais de 20 anos e foi forjado amplamente através de temores compartilhados em relação ao Irã.
Os palestinos ficaram decepcionados com a medida tomada pelos Emirados, enxergando-a como uma traição que pode enfraquecer uma posição pan-arábe de longa data que pede a retirada de Israel dos territórios ocupados e a aceitação de um Estado palestino em troca do retorno das relações normais com os países árabes.
Kushner disse que os palestinos não deveriam ficar "presos no passado".
"Eles têm de vir para a mesa. A paz estará pronta para eles, uma oportunidade estará pronta para eles assim que eles estejam prontos para recebê-la", disse Kushner, que integra uma delegação dos EUA que acompanhou também autoridades israelenses no primeiro vôo oficial israelense de Tel Aviv para os Emirados Árabes Unidos.
(Reportagem de Dan Williams e Jeffrey Heller; Reportagem adicional de Rami Ayyub, Ari Rabinovitch e Nidal al-Mughrabi)