Por Julie Steenhuysen
(Reuters) - Um residente dos Estados Unidos, que viajou recentemente para a China, foi diagnosticado com o recém-identificado coronavírus que infectou mais de 300 pessoas e matou pelo menos seis na China, informou nesta terça-feira o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Autoridades do CDC disseram que estão se preparando para mais casos do coronavírus nos EUA, que se originou na cidade chinesa de Wuhan, e aumentaram o alerta de viagem para Wuhan ao nível 2, exigindo precaução aprimorada. Sob esse nível de alerta, o CDC recomenda que os viajantes de Wuhan evitem contato com pessoas doentes, animais, ou mercados de animais.
"Esperamos mais casos nos EUA e ao redor do mundo", afirmou Nancy Messonnier, especialista em doenças respiratórias, durante uma teleconferência com repórteres.
Funcionários do Centro disseram terem começado a rastrear indivíduos que entraram em contato com o paciente para verificar se há sintomas.
Na semana passada, o centro começou a rastrear viajantes da China nos aeroportos de Nova York, Los Angeles e São Francisco. Nesta terça-feira, a agência afirmou que irá expandir o rastreamento do vírus para os aeroportos internacionais Hartsfield-Jackson, em Atlanta, e O'Hare, em Chicago.
Além dos EUA, casos fora da China foram relatados na Coréia do Sul, Tailândia e Japão.
Durante a conferência, os funcionários da CDC afirmaram terem rastreado mais de 1,2 mil passageiros desde que a força-tarefa começou, em 17 de janeiro. Nenhum desses indivíduos foi submetido a testes adicionais.
O viajante dos EUA, do Estado de Washington, tinha retornado em 15 de janeiro, aterrissando no aeroporto internacional Seattle-Tacoma, o qual não está na lista norte-americana para triagem aprimorada.
O paciente procurou atendimento em um posto médico em Everett, Washington, e foi tratado da doença. De acordo com seu histórico de viagem e sintomas, profissionais da saúde suspeitaram do novo coronavírus.
Amostras foram retiradas do paciente e encaminhadas ao CDC para teste. O centro afirmou ter desenvolvido um novo teste que permitiu identificar a presença do vírus no viajante.