BAKU/YEREVAN (Reuters) - Azerbaijão e Armênia se acusaram mutuamente nesto sábado de novos ataques, em violação a uma trégua de uma semana mediada pela Rússia que não conseguiu impedir os piores combates no sul do Cáucaso desde os anos 1990.
Baku disse que 13 civis foram mortos e mais de 50 ficaram feridos na cidade de Ganja por um ataque de míssil armênio, enquanto Yerevan acusou o Azerbaijão de bombardeios contínuos.
O conflito é o pior na região desde que o Azerbaijão e as forças étnicas armênias entraram em guerra na década de 1990 por causa de Nagorno-Karabakh, um território que é internacionalmente reconhecido como parte do Azerbaijão, mas povoado e governado por armênios étnicos.
O gabinete do procurador-geral do Azerbaijão disse que uma área residencial em Ganja, a segunda maior cidade do país, a cerca de 40 km de Nagorno-Karabakh, foi bombardeada por ataques de mísseis e cerca de 20 edifícios de apartamentos foram atingidos. A Armênia negou a alegação e acusou o Exército azeri de visar assentamentos civis.
Baku também afirmou que uma linha de eletricidade que vai do Azerbaijão à vizinha Geórgia foi danificada em consequência do bombardeio na cidade de Mingachevir.
A União Europeia (UE) informou que os alvos civis e instalações civis por qualquer uma das partes precisam parar. "O cessar-fogo ... tem que ser totalmente respeitado sem demora", disse o porta-voz de relações exteriores da Comissão Europeia, Peter Stano, em um comunicado.
(Por Nailia Bagirova e Nvard Hovhannisyan)