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Banco Mundial enfrenta pressão sobre recursos e conflitos entre países-membros

Publicado 09.10.2023, 10:52
Atualizado 09.10.2023, 10:56
© Reuters. Presidente do Banco Mundial, Ajay Banga
21/09/2023
Seth Wenig/Pool via REUTERS

Por David Lawder e Andrea Shalal

MARRAKECH, Marrocos (Reuters) - O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, será pressionado esta semana a se concentrar nas mudanças climáticas, mas o ex-presidente-executivo da Mastercard precisa primeiro fazer com que os membros da instituição se alinhem sobre como fazer o banco crescer.

Banga, que está há apenas 130 dias no cargo, tem o mandato de ampliar a missão da instituição multilateral de desenvolvimento para enfrentar as crises globais, incluindo as mudanças climáticas, pandemias e Estados frágeis.

Porém, com as necessidades anuais de financiamento da transição climática estimadas em até 3 trilhões de dólares para mercados emergentes e economias de baixa renda até 2030, os defensores do desenvolvimento estão pedindo que ele faça do combate ao aquecimento global a prioridade em suas primeiras reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em julho, um painel de especialistas comissionado pelo G20 recomendou que o Banco Mundial e outros bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs) aumentem os empréstimos anuais em 260 bilhões de dólares, mais de três vezes o ritmo atual, para ajudar a atender às necessidades climáticas.

"Gostaríamos muito que os acionistas apresentassem um forte apoio a essa meta e um plano para levá-la adiante", disse Amy Dodd, diretora de políticas de desenvolvimento da ONE Campaign.

Banga, no entanto, disse que o principal passo das reuniões no Marrocos será o tão esperado apoio dos acionistas à modificação da declaração de missão contra a pobreza do banco.

Em abril, o Banco Mundial reduziu seu índice de capital em relação aos empréstimos para aumentar os empréstimos em 50 bilhões de dólares em 10 anos. Porém, muitas outras etapas são mais complicadas e precisam que os países decidam com quanto dinheiro do contribuinte estão dispostos a contribuir ou colocar em risco.

"Estou muito cético de que haverá um grande avanço no tamanho da instituição em Marrakech", disse Clemence Landers, ex-funcionário do Tesouro dos Estados Unidos, atualmente no Center for Global Development, em Washington.

MOVIMENTOS COMPLEXOS

Por enquanto, os Estados Unidos querem que os países apoiem as garantias de empréstimo do Banco Mundial, com o presidente norte-americano, Joe Biden, promovendo um pedido para que o Congresso aprove 2,1 bilhões de dólares em novos financiamentos que poderão liberar 25 bilhões em novos empréstimos ao longo de uma década.

Um relatório do Banco Mundial a ser analisado em Marrakech estima que 10 bilhões de dólares em compromissos de garantia poderão aumentar os empréstimos em 60 bilhões durante esse período.

Mas nenhum outro acionista importante aderiu à iniciativa dos Estados Unidos, que é vista como uma alternativa mais palatável para os parlamentares norte-americanos do que um aumento geral de capital, pois isso provavelmente levará a uma maior participação acionária chinesa no banco.

As autoridades britânicas expressaram apoio a um aumento de capital, mas a Alemanha favoreceu mais emissões de capital híbrido, um instrumento semelhante a uma dívida, que o Banco Mundial estima que poderá acrescentar mais 40 bilhões de dólares em novos empréstimos ao longo de uma década.

Uma medida maior aumentaria os empréstimos contra o "capital exigível" do Banco Mundial, um colchão de fundos de emergência prometido pelos acionistas, mas não integralizado, mas isso exigirá que alguns países alterassem suas leis.

© Reuters. Presidente do Banco Mundial, Ajay Banga
21/09/2023
Seth Wenig/Pool via REUTERS

Banga disse que a mudança é complexa e levará tempo para ser negociada. Mas o retorno poderá ser enorme, com a Fundação Rockefeller estimando um aumento de empréstimos de cerca de 900 bilhões em uma década se as agências de recomendação modificassem suas avaliações.

Banga minimizou o aumento dos empréstimos e enfatizou seus esforços para tornar a organização de 16 mil funcionários mais ágil e focada em projetos com impactos mensuráveis, dizendo que quer "consertar o encanamento".

Outros presidentes do Banco Mundial, inclusive Jim Yong Kim, não conseguiram reformar significativamente o banco, que Banga chamou de "disfuncional", apesar de contar com uma equipe talentosa e dedicada.

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