Por Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - Uma autoridade do banco central da China pediu no domingo a intensificação da coordenação de política econômica global para lidar com o impacto econômico do surto de coronavírus, e afirmou que as recentes medidas de Pequim estão ganhando força e que o governo tem capacidade para mais ação.
Chen Yulu, vice-presidente do Banco do Povo da China, também disse em entrevista à imprensa que o presidente do banco central, Yi Gang, conversou com o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, com o Fundo Monetário Internacional e com outras agências.
"A epidemia global está se espalhando rapidamente. É urgente que todos os país fortaleçam a coordenação internacional em políticas macro como de saúde pública, comercial, fiscal e monetária", disse Chen.
"Vamos participar ativamente da cooperação internacional em resposta aos desafios apresentados pela complexa situação."
Chen disse que embora a pressão negativa sobre a economia global esteja aumentando conforme o vírus afeta os mercados financeiros, ele afirmou que espera uma melhora significativa na economia chinesa no segundo trimestre.
Analistas do setor privado estão reduzindo suas estimativas de crescimento para a China para mínimas que não eram vistas desde que a Revolução Cultural acabou em 1976, com uma forte contração espera no primeiro trimestre.
"No momento, a operação no mercado financeiro da China está em geral estável, as expectativas do mercado estão relativamente estáveis e o espaço para políticas macroeconômicas e as reservas de ferramentas são suficientes", disse Chen.
O banco central chinês vai manter a liquidez razoavelemte ampla e o financiamento social total em linha com o crescimento do Produto Interno Brito nominal, e busca aumento ligeiramente maior do crédito, completou Chen.
O banco central da China já adotou uma série de medidas para conter o impacto econômico do surto, incluindo corte das taxas de empréstimo e do compulsório dos bancos, e distribuindo empréstimos baratos para empresas selecionadas.