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BC está atento a salários e seu impacto na inflação de serviços, diz Guillen

Publicado 23.02.2024, 11:13
© Reuters. Sede do Banco Central em Brasília
23/09/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse nesta sexta-feira que a autarquia está focando dados de salários em meio a incertezas sobre indicadores mais amplos do mercado de trabalho, de olho no impacto que eles têm na inflação de serviços.

"Você começa a ver uma concentração nas negociações salariais próximas de 5%... A gente não acha que isso significa pressão no mercado de trabalho, mas a gente tem que olhar com bastante cuidado", disse o diretor em evento organizado pela Abrasca.

Ele disse que o foco do BC em dados de salários vem em meio a debates ainda em andamento sobre quais são as causas de mudanças recentes em alguns indicadores-chave do mercado de trabalho, como a taxa de desocupação, que se acomodou em níveis muito mais baixos.

"O mercado de trabalho bate na inflação de serviços, a inflação de serviços ajuda a entender a inflação, que é o objetivo principal do Banco Central: atingir a inflação na meta", completou Guillen.

Seus comentários vieram depois que dados de janeiro do IPCA surpreenderam para cima, embora tenham desacelerado frente a dezembro, com preocupação do mercado financeiro com o nível elevado da inflação de serviços excluindo as passagens aéreas, item mais volátil.

Para além da questão da inflação corrente, Guillen chamou a atenção para expectativas de altas de preços ainda desancoradas em relação ao centro da meta, com o mais recente boletim Focus mostrando projeção de inflação de 3,51% em 2025 e 3,50% para os dois anos seguintes.

"Eu tenho tido mais uma concentração sobre esse 3,5%, que são expectativas desencoradas. A meta é 3%. Então a gente vai continuar, é claro, sempre perseguindo a inflação de 3%, que é o mandato do Banco Central", afirmou ele. O objetivo de inflação de 3% do BC para 2024, 2025 e 2026 tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em relação à atividade econômica, Guillen disse que dados recentes indicaram uma atividade "mais forte" na virada de 2023 para este ano, e que o BC está no aguardo dos dados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e também do trimestre atual. O IBGE divulgará em 1° de março os dados do PIB do quarto trimestre e de 2023 como um todo.

Segundo o diretor, o crescimento do país ao longo de 2023 foi "uma história de, primeiro, agro (mais forte do que o esperado), depois um consumo resiliente, e, depois, um arrefecimento da atividade bem gradual no segundo semestre".

© Reuters. Sede do Banco Central em Brasília
23/09/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino

Guillen afirmou ainda que as surpresas para cima na atividade no ano passado podem ser explicadas por fatores estruturais, como reformas promovidas nos últimos anos, mas que é "muito difícil" quantificar esse impacto no crescimento. Segundo ele, há também a possibilidade de que o comportamento do PIB no ano passado se deva a fatores cíclicos, como renda e crédito --o que teria impactos diferentes na política monetária, devido aos riscos de inflação.

Sobre a política monetária, Guillen disse que já é possível ver o efeito da redução da taxa básica de juros sobre as taxas de crédito, citando maior apetite na oferta de concessões. O BC já cortou a Selic cinco vezes desde agosto do ano passado, deixando os juros no patamar atual de 11,25%.

O diretor também voltou a dizer que não há relação mecânica entre as políticas monetárias do Federal Reserve e do BC, fala que vem num momento de maior cautela sobre o início do afrouxamento dos juros nos Estados Unidos.

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