Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, considera um valor de 60 bilhões de dólares em assistência à Ucrânia e 10 bilhões de dólares para Israel em um pedido de gastos suplementares que enviará ao Congresso até a sexta-feira, disse à Reuters uma fonte familiarizada com o assunto nesta quarta-feira.
A expectativa é que Biden peça ao Congresso que aprove rapidamente um projeto de lei de gastos suplementares, enquanto Washington responde ao ataque mortal de 7 de outubro a Israel por militantes do Hamas, ao mesmo tempo em que procura manter seu apoio à Ucrânia enquanto o país luta contra a invasão russa.
Múltiplas fontes familiarizadas com o pedido disseram à Reuters na terça-feira que Biden considerava um pedido suplementar de cerca de 100 bilhões de dólares que incluiria ajuda de defesa para Israel, Ucrânia e Taiwan, assim como financiamento para reforço da segurança na fronteira dos EUA com o México.
O senador Jim Risch, principal republicano no Comitê de Relações Exteriores do Senado, disse não ter conhecimento do valor de 100 bilhões de dólares, exceto pelas reportagens da imprensa.
Ele disse em entrevista coletiva ter ouvido que o governo considerava 10 bilhões de dólares para Israel.
Funcionários do governo não responderam imediatamente a um pedido de comentários.
Diversas fontes disseram nesta quarta-feira que Biden não bateu o martelo sobre o formato final e que o detalhamento não foi comunicado ao Congresso.
Segundo a lei dos EUA, o Congresso, e não o Poder Executivo, controla os gastos.
(Reportagem de Patricia Zengerle; Reportagem adicional de Nandita Bose)