(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro e parlamentares de seu partido, o PSL, entre eles seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) e o senador Flávio Bolsonaro (RJ), pediram nesta quarta-feira que o Ministério Público Eleitoral (MPE) entre com ação para suspender o fundo partidário da legenda.
Na representação encaminhada ao MPE, Bolsonaro e os parlamentares argumentam que há indícios de irregularidades na gestão das contas do partido, o que justifica, na visão deles, o bloqueio dos recursos do fundo partidário já destinados à legenda e a suspensão de repasses futuros.
"Os requisitos para concessão de medida cautelar estão presentes. O sinal de bom direito (fumus boni iuris) já está suficientemente caracterizado pelos argumentos deduzidos nesta petição inicial e sobretudo pela existência de precedentes eg. (do egrégio) Tribunal Superior Eleitoral aplicáveis à matéria, a indicar a necessidade de suspensão e bloqueio dos recursos em conta e do repasse de outros recursos para a direção nacional do PSL", afirma a representação.
O presidente, seus filhos e outros parlamentares pedem ainda que o MPE proponha ação civil pública para apurar esses indícios de irregularidade na gestão de contas do partido e que os eventuais responsáveis sejam punidos por improbidade administrativa.
Bolsonaro trava uma guerra com o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), dentro da legenda.
Eduardo Bolsonaro, que tornou-se líder da sigla na Câmara dos Deputados depois de o grupo bolsonarista conseguir destituir Delegado Waldir (GO) do cargo, é alvo de um processo de suspensão pelo partido junto a outros deputados ligados ao presidente da República.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)