BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro fez mais uma convocação aos brasileiros para que compareçam aos desfiles do 7 de Setembro vestidos de verde e amarelo, em um vídeo distribuído pelo Palácio do Planalto pouco antes de iniciar sua participação no evento de Brasília neste sábado.
"A independência de nada vale se não tivermos liberdade. Esta, por tantas e tantas vezes, ameaçada por brasileiros que não têm outro propósito a não ser o poder pelo poder", disse Bolsonaro em um vídeo divulgado pela assessoria de imprensa do governo.
"Então, a todos os brasileiros, nós pedimos, conscientizem-se cada vez mais do que é este país, esta maravilha chamada Brasil, um país ímpar no mundo, que tem tudo para dar certo. E precisamos, sim, de cada um de vocês, para reconstruí-lo. E a liberdade estará em primeiro lugar", acrescentou.
Bolsonaro chegou à Esplanada dos Ministérios às 9h, desfilando em carro aberto, como no dia de sua posse. Enquanto o presidente desfilava de pé no carro, seu filho Carlos ficou sentado atrás do pai. A primeira-dama, Michelle, não acompanhou o presidente, mas o esperou diretamente na tribuna de honra.
No meio do desfile, o presidente colocou no Rolls Royce um menino da assistência para desfilar a seu lado.
Em seu primeiro 7 de Setembro como presidente, Bolsonaro tentou se cercar de empresários e ministros. A seu lado na tribuna estavam o dono do SBT, Silvio Santos, o bispo Edir Macedo, da igreja Universal, dono da TV Record, e o dono das lojas Havan, Luciano Hang, apoiadores do presidente, além de ministros e parlamentares.
Há dois dias, Bolsonaro já havia convocado a população a usar verde e amarelo no dia 7 de setembro, mas lembrou que um “presidente já havia feito isso no passado e se deu mal”, referindo-se à Fernando Collor de Mello. Nos dias seguintes, as redes sociais foram tomadas pela hashtag “Nodia7voudepreto” em resposta ao presidente.
“O Brasil é nosso, é verde-amarelo” disse o presidente no vídeo deste sábado.
De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa de público em Brasília era de 20 mil pessoas.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)