(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro prometeu ajuda com medicamentos e alimentos ao Líbano em uma videoconferência com chefes de Estado e representantes da ONU e anunciou o ex-presidente Michel Temer como seu enviado especial àquele país.
Uma explosão gigantesca no porto de Beirute na última terça-feira causou a morte de mais de 150 pessoas, deixando cerca de 6 mil feridas e partes da cidade em ruínas.
Afirmando que o Brasil é lar da maior diáspora libanesa do mundo e que há 10 milhões de brasileiros de ascendência libanesa, Bolsonaro voltou a expressar suas condolências às famílias das vítimas dessa "terrível tragédia".
"Estamos prestando assistência humanitária emergencial e propondo ações de cooperação no médio e longo prazo", disse Bolsonaro na videoconferência.
"Nos próximos dias, partirá do Brasil rumo ao Líbano uma aeronave da Força Aérea Brasileira com medicamentos e insumos básicos em saúde, reunidos pela comunidade libanesa radicada no Brasil", acrescentou. "Também estamos preparando o envio, por via marítima, de 4 mil toneladas de arroz para atenuar as consequência da perda de estoques de cereais destruídos na explosão."
Segundo Bolsonaro, os governos do Brasil e do Líbano estão acertando o envio de uma equipe técnica multidiciplinar com o objetivo de colaborar na realização da perícia da explosão.
"Convidei como meu enviado especial e chefe dessa missão o senhor Michel Temer, filho de libaneses e ex-presidente do Brasil", disse Bolsonaro.
Em nota publicada no Twitter, o ex-presidente se disse honrado com o convite para chefiar a missão humanitária no Líbano.
"Quando o ato for publicado no Diário Oficial serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa", diz a nota.
(Por Alexandre Caverni)