BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta terça-feira que não se pode obrigar a tomar vacina e acrescentou que não se pode injetar "qualquer coisa" nas pessoas.
"Não se pode injetar qualquer coisa nas pessoas nem obrigar. A vacina se faz a campanha", disse o presidente em um evento à tarde sobre o uso de hidroxicloroquina com um grupo de médicos que defendem o medicamento.
Bolsonaro citou ainda as desconfianças que existem sobre a vacina russa contra a Covid-19 e lembrou que foi muito criticado ao dizer para uma apoiadora que ninguém ia obrigar ninguém a tomar vacina.
Pouco antes, em reunião ministerial pela manhã, o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que a expectativa do governo é poder iniciar a vacinação "de todo mundo" já em janeiro do ano que vem.
"A gente está fazendo os contratos com quem fabrica a vacina e a previsão é que a vacina chegue para nós a partir de janeiro do ano que vem e a gente comece a vacinar todo mundo", disse Pazuello, em reposta a uma youtuber mirim que Bolsonaro levou para a reunião para fazer perguntas aos ministros.
À tarde, Bolsonaro reclamou ainda estar com "pecha de genocida" por defender a hidroxicloroquina e por não ter feito "outras coisas", mas voltou a dizer que a decisão do Supremo Tribunal Federal deu poder de decisão aos governadores.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)