(Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil ajudará na imunização dos países vizinhos após terminar, em dois meses, sua campanha interna de vacinação para Covid-19.
Em evento online promovido pela organização Atlantic Council, o ministro afirmou que a importância da vacinação em massa foi tópico importante nas reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) das quais participou em Washington, nos Estados Unidos.
Ele também afirmou que a recuperação desigual, englobando também o acesso às vacinas, foi outro tema de preocupação.
"Em meu discurso disse que o Brasil, assim que em dois meses a mais tivermos toda a população inteiramente vacinada, vamos começar a vacinar nossos vizinhos, vamos ajudar nossos vizinhos", disse.
Ele frisou que sua mensagem, nesses encontros, foi de que o país já vacinou 93% dos brasileiros com uma dose e 60% com duas doses, percentuais que estão proporcionando "uma volta segura ao trabalho".
O ministro também voltou a criticar as previsões do FMI para a economia brasileira.
"Estamos realmente muito confiantes que vamos crescer o dobro do que o FMI está prevendo, caímos metade do que eles previram. E por que eles estão cometendo erros tão grandes? Por causa do barulho político", disse Guedes.
Na declaração preparada para o FMI em nome de Brasil, o ministro já havia lembrado que a entidade previra tombo de 9,1% para a economia brasileira em 2020, mas que a contração foi de menos da metade disso, 4,1%.
"Neste ano eles disseram 'ano que vem será 1% (de alta do PIB)'. E eu disse que fariam de novo, que errariam de novo. Será no mínimo o dobro, mais de 2%", disse Guedes.
Na realidade, o FMI reviu na véspera sua projeção para o crescimento do Brasil a 1,5% em 2022, de 1,9% antes, e 5,2% em 2021, de 5,3% anteriormente.
As expectativas oficiais do Ministério da Economia são de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para o ano que vem e de 5,3% para este ano.
(Por Marcela Ayres)