BRASÍLIA (Reuters) - A brecha para que o conselho deliberativo do novo Coaf possa ser formado por pessoas de fora do funcionalismo público foi concebida para modernizar o órgão fiscalizador, especialmente no tocante à tecnologia, defendeu o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
"Preciso ter procedimento melhor, mais rápido e mais seguro. Primeira coisa que pensei foi 'eu devia trazer pessoa de tecnologia de fora para organizar isso'. Em nenhum momento tinha que era indicação política, isso nem passou pela minha cabeça", disse ele em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira.
Campos Neto ponderou que "talvez a redação (da Medida Provisória que levou o Coaf para o BC) não tenha ficado ideal" na parte sobre a composição do conselho por pessoas de fora, mas defendeu que a investida nunca teve contornos políticos.
"Ideia de trazer pessoas de fora para o Coaf não foi do governo, foi minha", disse.
(Por Marcela Ayres; Edição de Isabel Versiani)