BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central anunciou nesta quinta-feira que o atual diretor de Política Econômica da autarquia, Carlos Viana, deixará o posto após a apresentação do Relatório Trimestral de Inflação, em setembro.
Para o seu lugar, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicará Fábio Kanczuk, que hoje atua como representante do Brasil junto ao Banco Mundial.
Antes disso, Kanczuk trabalhou como secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, no governo do então presidente Michel Temer. Ele é bacharel em engenharia pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e Ph.D. em Economia pela Universidade da Califórnia-Los Angeles, informou o BC.
Viana integrou a equipe do BC comandada pelo ex-presidente Ilan Goldfajn e sua permanência no cargo "por tempo indeterminado" foi anunciada ainda em novembro do ano passado, após a vitória de Jair Bolsonaro à presidência da República.
Em nota, o BC destacou que a saída do diretor deve-se a razões pessoais, após ter integrado a diretoria da autoridade monetária por mais de três anos.
Com a mudança, a diretoria do BC sob Campos Neto vai ganhando nova forma. Da antiga equipe de Ilan, permanecem os diretores Otavio Damaso (Regulação), Mauricio Moura (Relacionamento), Paulo Souza (Fiscalização) e Carolina Barros (Administração).
Fazem parte do time que tomou posse já no governo Bolsonaro os diretores Bruno Serra (Política Monetária), Fernanda Nechio (Assuntos Internacionais) e João Manoel Pinho de Mello (Organização do Sistema Financeiro). Este último trabalhou com Kanczuk no Ministério da Fazenda do ex-presidente Temer.
A indicação de Kanczuk terá de ser aprovada pelo Senado Federal, onde ele passará por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Viana ainda participará de pelo menos mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 17 e 18 de setembro.
(Por Marcela Ayres; Edição de Isabel Versiani)