Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 30 dias o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal, em despacho publicado na tarde desta segunda-feira.
O decano do STF atendeu a pedido da PF para estender as apurações, que contou com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República.
"Defiro o pedido de prorrogação de prazo formulado pela excelentíssima senhora delegada de Polícia Federal que preside este inquérito, dra. Chistiane Correa Machado, consideradas, de um lado, as razões por ela apresentadas e tendo presente, de outro, a expressa concordância manifestada pela douta Procuradoria-Geral da República", decidiu.
O presidente do STF, Luiz Fux, deve decidir se aceita pedido de Celso de Mello para pautar nesta semana no plenário decisão sobre se Bolsonaro vai depor neste inquérito de forma presencial ou por escrito. Se for atendido, esse deve ser o último pedido do decano do STF na condução do inquérito, já que na próxima semana ele vai se aposentar do Supremo. [L1N2GW0ZQ]
O inquérito foi aberto em abril após declarações do então ministro da Justiça, Sergio Moro, contra o presidente. Isso motivou a saída de Moro do governo.