PEQUIM (Reuters) - A China abrirá mais setores para empresas privadas e reduzirá a interferência direta do governo em atividades microeconômicas, disse a agência oficial de notícias Xinhua nesta segunda-feira, à medida que Pequim procura impulsionar as reformas econômicas diante da desaceleração do crescimento.
A China criará um novo mecanismo de regulamentação e controle que prioriza políticas fiscais, monetárias e de emprego, promoverá a reforma da taxa de juros baseada no mercado e aumentará as flutuações nos dois sentidos do iuan, disse a Xinhua, citando um amplo documento detalhando as diretrizes de Pequim para impulsionar a economia do país.
A economia da China encolheu 6,8% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao ano anterior depois que o novo coronavírus se espalhou da cidade central de Wuhan, onde surgiu no final do ano passado, e o governo disse que as condições econômicas continuam desafiadoras.
Os líderes do país prometeram reformas amplas em uma reunião do Partido no final de 2013, mas a implementação tem sido lenta, frustrando algumas empresas estrangeiras, enquanto algumas firmas privadas locais se queixam de serem tratadas injustamente em comparação com empresas estatais.
Pequim também elaborará uma nova rodada de planos nacionais de médio e longo prazos para o desenvolvimento científico, de acordo com o documento, acrescentando que as capitais estaduais serão incentivadas a investir em áreas críticas para a economia, ciência e tecnologia, defesa e setores de segurança do país.
A China também liberalizará os preços domésticos de gás natural em momento oportuno e avançará em promessas anteriores de acesso igualitário à infraestrutura de petróleo e gás. Atualmente, o país regula os preços do gás no atacado.
(Por Stella Qiu, Yew Lun Tian, Min Zhang e Kevin Yao)