PEQUIM (Reuters) - A China pediu aos Estados Unidos e ao Reino Unido nesta terça-feira que parem de politizar a questão da segurança cibernética, caluniando e difamando a China e impondo sanções unilaterais ao país.
"É pura manobra política para os Estados Unidos e o Reino Unido reviverem os chamados ataques cibernéticos realizados pela China e sancionarem indivíduos e entidades chinesas", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa.
"A China está fortemente insatisfeita com isso e se opõe firmemente", disse ele.
Na segunda-feira, autoridades norte-americanas e britânicas apresentaram acusações, impuseram sanções e acusaram Pequim de uma ampla campanha de ciberespionagem que supostamente atingiu milhões de pessoas.
As autoridades de ambos os países apelidaram o grupo de hackers de Grupo de Ameaça Avançada Persistente 31 ou "APT31" (na sigla em inglês), chamando-o de um braço do Ministério de Segurança de Estado da China.
A Embaixada da China em Londres chamou as acusações de "calúnias completamente fabricadas e maliciosas."
"Anteriormente, a China havia feito esclarecimentos técnicos e respostas às informações sobre a chamada APT31 apresentadas pelo lado britânico. Isso mostra claramente que as evidências fornecidas pelo lado britânico são insuficientes e as conclusões relevantes carecem de profissionalismo", disse Lin.
O Reino Unido também acusou hackers chineses de tentar invadir contas de email de parlamentares britânicos que criticam a China.
Lin disse que a China fez representações solenes a todas as partes relevantes, "e tomará as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos da China".
Vários outros países também lançaram alegações de hacking e ataques cibernéticos contra a China, todas negadas pelo país.
No início deste ano, os Estados Unidos disseram que lançaram uma operação para combater uma operação de hacking chinesa generalizada que comprometeu milhares de dispositivos conectados à internet.
(Por Yew Lun Tian)