Washington, 18 ago (EFE).- A "pílula" completa hoje 50 anos desde
que saiu à venda nos Estados Unidos, o primeiro país que autorizou
este revolucionário método anticoncepcional que transformou as vidas
de milhares de mulheres.
Desde então, mais de 215 milhões de mulheres no mundo todo
utilizaram o medicamento. No entanto, outros 200 milhões, a maioria
em países em desenvolvimento, ainda não têm um acesso fácil à
pílula, segundo dados da organização Women Deliver.
Em 1960 as americanas foram as primeiras mulheres do mundo que
puderam comprar, com autorização legal, o "Enovid", uma dose
concentrada de hormônios que evitava a ovulação da mulher e assim
possíveis casos de gravidez.
O anticoncepcional foi uma conquista de duas mulheres que
impulsionaram a pesquisa deste remédio, Margaret Sanger e Katharine
McCormick, duas feministas que já estavam perto dos 70 anos e se
propuseram a encontrar a "pílula mágica".
Com a persuasão das duas mulheres e o financiamento de Katharine,
o doutor Gregory Pincus pôde avançar em suas pesquisas para
desenvolver a pílula, o que conseguiu em 1955.
No entanto, o fármaco só foi aprovado pelas autoridades dos
Estados Unidos como método anticoncepcional cinco anos depois, no
dia 9 de maio de 1960, em meio a críticas que a consideravam a porta
de entrada ao caos sexual.
Meio século depois, a pílula é o segundo método anticoncepcional
mais usado no mundo, segundo um relatório das Nações Unidas de 2009.
Cerca de 8,8% de todas as mulheres entre 15 e 49 anos a utilizam
e na Europa, América Latina, Caribe e América do Norte, é seu
primeiro método anticoncepcional. EFE