Por David Morgan e Richard Cowan e Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - Os democratas no Congresso dos Estados Unidos estavam se esforçando para superar uma das várias crises simultâneas desta semana, dizendo que vão votar para impedir uma paralisação do governo antes que o prazo para financiamento expire, à meia-noite de quinta-feira.
A confusão vem depois de uma série de votações em que o Senado tentou tanto aprovar o financiamento do governo quanto evitar um calote federal potencialmente catastrófico no mês que vem, mas os republicanos barraram duas vezes a tentativa democrata de elevar o teto da dívida dos EUA, de 28,4 trilhões de dólares.
O Senado pode votar nesta quarta ou na quinta-feira uma resolução para financiar as operações federais até o início de dezembro, disse o líder democrata do Senado, Chuck Schumer.
"Com tantas questões críticas para resolver, a última coisa que o povo norte-americano precisa agora é uma paralisação do governo", disse Schumer.
Se a resolução for aprovada pelo Senado, a Câmara dos Deputados poderá votar rapidamente para enviar a medida ao presidente Joe Biden, para que sancione a lei antes do início do novo ano fiscal, na sexta-feira.
Por trás de tudo isso paira a ameaça de o governo federal atingir o teto da dívida por volta de 18 de outubro, um evento que poderia causar um calote histórico com consequências econômicas duradouras e implicações para os mercados financeiros.
A Câmara e o Senado podem votar um projeto de lei separado que suspende temporariamente o limite de endividamento, embora esse também seja assunto de uma dura disputa partidária.
Os republicanos do Senado se recusam a votar a favor, dizendo aos democratas para agirem sozinhos, enquanto Schumer exigiu cooperação bipartidária para resolver as dívidas acumuladas durante governos tanto democratas quanto republicanos.
A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, disse em carta aos parlamentares que a Casa planeja agir nesta quarta-feira para aprovar uma legislação que suspenderia o limite da dívida.
"Precisamos agir agora", escreveu Pelosi, mas não deu detalhes sobre a votação. "A fé e a credibilidade totais dos Estados Unidos não devem ser questionadas... Não podemos e não permitiremos que o extremismo dos republicanos e a total falta de preocupação com as famílias afundem nossa economia."