As compras internacionais pela internet representam 6,4% das vendas pelo e-commerce e 0,5% da movimentação de todo o varejo brasileiro, segundo estudo da Tendências Consultoria, encomendado pelo Alibaba Group (NYSE:BABA), dono da AliExpress. As importações brasileiras de comércio eletrônico de pequeno valor correspondem a aproximadamente R$ 1 bilhão por mês.
O comércio eletrônico registrou vendas totais de R$ 187,1 bilhões em 2022, de acordo com o Observatório do Comércio Eletrônico Nacional. O valor representa 7,8% das vendas do varejo, que totalizaram R$ 2,3 trilhões.
O levantamento encomendado pelo grupo chinês busca influenciar o Congresso, que discute a revisão das isenções tributárias para compras internacionais de até US$ 50.
“Em relação à comparação entre a carga tributária paga pelo produtor nacional e estrangeiro, é preciso ressaltar a dificuldade desse tipo de análise. O sistema tributário brasileiro é caótico e complexo, com uma infinidade de regras e especificidades. A depender do tributo, as alíquotas podem variar em função do município, Estado, tipo de produto e, em alguns casos, até mesmo forma de aquisição e destinação, além da existência de regimes especiais”, diz o texto da consultoria.
Segundo a Tendências, as estimativas sobre a diminuição do faturamento das empresas nacionais de comércio por causa do diferencial de preços com bens importados “carecem” de fundamentação econômica.
“Para avaliar adequadamente essa situação, seriam necessários detalhes sobre as elasticidades dos produtos analisados. Muitos dos produtos importados são supérfluos e, na ausência deles, nem seriam adquiridos”, afirma a empresa.