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Corte no IPI segura preço dos carros, diz presidente da Stellantis

Publicado 05.03.2022, 05:36
Atualizado 07.03.2022, 08:02
© Reuters Corte no IPI segura preço dos carros, diz presidente da Stellantis
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A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não deve resultar, num primeiro momento, em queda nos preços dos automóveis, conforme Antonio Filosa, presidente na América do Sul da Stellantis (NYSE:STLA) (que reúne Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM). O executivo, porém, acredita que a medida anunciada pelo governo federal no final de fevereiro pode contribuir para que os valores não subam muito. Ele teme um eventual impulso à inflação - que já vinha em ritmo acelerado no Brasil - pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

Para Filosa, os preços de commodities continuarão a subir, assim como custos com logística e matérias-primas, devido, por exemplo, à suspensão de rotas de voos na região de guerra e dificuldades de abastecimento de alguns componentes. "O corte (do IPI) pode não chegar efetivamente aos preços, mas vai ajudar a não aumentar ou aumentar menos", diz. Ou seja, será uma compensação da alta inflacionária. A Fiat, diz ele, já não reajustou preços neste mês, como fizeram alguns concorrentes.

Segundo o executivo, o conflito deixou a equação de mercado ainda mais complexa. "Neste momento não falta cliente, há filas de espera por alguns modelos, mas falta para nós e para alguns competidores produção, porque as cadeias de fornecimento ainda não se regularizaram, faltam componentes", explica.

Para ele, caso a guerra termine num prazo curto e a situação de abastecimento melhore, será possível, mais à frente, repassar efetivamente o corte do imposto para os preços. "O importante é que a redução do IPI gera competitividade que, num primeiro momento, gera um alívio nos custos que será repassado mais à frente."

Híbrido a etanol

O presidente da Stellantis afirma que o grupo - que detém 34% das vendas de veículos no País - vai lançar 23 novos modelos nacionais e importados na região até 2025, sete deles elétricos e híbridos. Um deles deve ser um modelo híbrido elétrico e a etanol, que está sendo desenvolvido pela engenharia brasileira. Outro pode ser uma picape RAM nacional, hoje importada. O grupo promete também 28 reestilizações de carros hoje em linha, além da chegada de uma nova marca ao País. Os projetos estão no plano de investimento de R$ 16 bilhões na região até 2024.

Mercado

Mesmo com as dificuldades atuais, Filosa acredita em crescimento do mercado brasileiro neste ano, entre 4% e 8%, com base em projeções do setor. O grupo vendeu no primeiro bimestre 80,7 mil automóveis e comerciais leves. A Fiat segue como líder desse mercado, com fatia de 20,9%.

A Stellantis encerrou 2021 com resultado operacional ajustado de € 882 milhões (cerca de R$ 4,9 bilhões) na região. É uma participação ainda pequena na companhia, que teve resultado global de € 18 bilhões (R$ 99 bilhões), mas o presidente mundial do grupo, Carlos Tavares, destacou na semana passada que a América do Sul é a região que mais cresceu na empresa.

"Para sustentar nossa liderança no Brasil e na região queremos ter a melhor qualidade nos nossos produtos, investir em inovação e mobilidade, ser ágil na tomada de decisões, estimular a localização de componentes e aproveitar mais os benefícios das sinergias das nossas marcas", diz Filosa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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