SÃO PAULO (Reuters) - A CPI da Covid pretende ouvir na próxima semana o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e os ex-titulares da pasta Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, disse nesta quinta-feira o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Segundo ele, a ideia acertada pela direção da Comissão Parlamentar de Inquérito em reunião na noite da véspera, precisa ser aprovada pelo plenário do colegiado, durante reunião marcada para esta manhã.
"Se aprovado esse roteiro, a nossa pretensão é na semana que vem começar os depoimentos, começando pela ordem cronológica. A presença na terça-feira do ministro Mandetta e do ministro Teich, a presença na quarta-feira do ministro Eduardo Pazuello, na quinta-feira a presença do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, assim como a presença do ministro da Saúde", disse Randolfe a jornalistas.
Ele acrescentou que essas autoridades deverão ser convocadas à CPI, e não convidadas, e que a ideia é também convocar o ex-secretário de Comunicação Social do governo do presidente Jair Bolsonaro Fabio Wajngarten, cujo depoimento ocorreria na semana seguinte à dedicada a ouvir o atual e os ex-titulares da Saúde.
Em entrevista à revista Veja na semana passada, Wajngarten responsabilizou Pazuello pelo atraso do governo brasileiro na aquisição de vacinas e afirmou que faltou competência ao Ministério da Saúde.
"Isso a direção debateu ontem à noite e pretende apresentar nesta reunião aos colegas", acrescentou o vice-presidente da CPI.
(Reportagem de Eduardo Simões; Edição de Lisandra Paraguassu)