😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Credit Suisse vê continuidade em cenário de reformas no Brasil nos próximos 2 anos

Publicado 05.12.2019, 10:19
Atualizado 05.12.2019, 10:29
Credit Suisse vê continuidade em cenário de reformas no Brasil nos próximos 2 anos

Por Paula Arend Laier

(Reuters) - Economistas do Credit Suisse estimam que o cenário de reformas no Brasil deve continuar nos próximos dois anos, quando esperam aprovações de algumas propostas, que combinadas com uma agenda mais 'amigável' ao mercado, devem proporcionar um ambiente de inflação e juros baixos, com crescimento mais forte da economia.

"Nosso cenário base assume que esse ambiente mais reformista provavelmente continuará nos próximos dois anos, com o governo avançando nas agendas fiscal e de produtividade", afirmaram Leonardo Fonseca e Lucas Vilela, em documento para apresentação das estimativas.

A equipe do banco prevê alta de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, que deve acelerar para 2,5% em 2020 e 2,7% em 2021, em movimento puxado principalmente pela demanda doméstica, particularmente consumo das famílias e investimentos.

No que diz respeito ao comportamento da inflação, veem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 3,7% neste ano e 3,9% em 2020, abaixo do centro da meta do Banco Central de 4,0%.

"Alta capacidade ociosa e expectativas de inflação ancoradas provavelmente permitirão que a inflação permaneça baixa nos próximos trimestres, mesmo em um cenário de taxa de câmbio mais depreciada", ponderaram.

Fonseca e Vilela avaliam que balanço favorável de riscos para a inflação e a manutenção de políticas monetárias expansionistas em mercados desenvolvidos devem permitir que o Banco Central reduza a Selic para 4,5% ao ano neste mês, taxa que deve permanecer ao longo de 2020, mas voltar a 6% em 2021.

Quanto à taxa de câmbio, eles estimam cotação que deve ficar relativamente estável em 4,20 reais por dólar em 2020.

"Por um lado, os modelos de taxa de câmbio real indicaram que a taxa nominal está aproximadamente 10% depreciada. Por outro lado, o menor diferencial da taxa de juros para os mercados desenvolvidos deve continuar pressionando a taxa de câmbio no curto e no médio prazo", escreveram.

Os economistas também não descartam uma possível elevação na nota de crédito do país por agências de classificação de risco no próximo ano, destacando que, atualmente, o Brasil está classificado três níveis abaixo do grau de investimento pela S&P e Fitch e dois abaixo pela Moody´s.

"A aprovação da reforma da Previdência e esperada aprovação de outras medidas fiscais devem melhorar as perspectivas de contas públicas no médio prazo e, consequentemente, melhorar os ratings do Brasil atribuído pela S&P e Fitch de 'BB-' para 'BB'", avaliam.

Para Fonseca e Vilela, a desaceleração econômica global é o principal fator de risco para a dinâmica da economia brasileira nos próximos anos e pode afetar o país principalmente pela redução das exportações e condições financeiras, por meio da aversão a risco nos mercados financeiros internacionais.

Do cenário doméstico, o principal risco vislumbrado pelos economistas ainda é a disposição do Congresso de progredir nas agendas fiscais e de produtividade.

"Do lado positivo, os líderes do Congresso são capazes de aprovar uma agenda mais ampla de medidas favoráveis ao mercado. Do lado negativo, a demanda por flexibilização das regras fiscais (por exemplo, limite de gastos) ou para agendas legislativas alternativas (por exemplo, combate à corrupção) pode desencadear uma mudança no foco do Congresso na agenda econômica."

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.