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Curva de juros indica que agentes retiraram pontos de corte da Selic até 2024, diz Galípolo

Publicado 23.10.2023, 20:59

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira que a observação da curva de juros futuros brasileira mostra que agentes de mercado retiraram pontos de corte da taxa básica de juros até 2024 devido à piora do cenário externo.

Em evento da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o diretor ponderou que o boletim Focus, que capta a percepção de economistas para indicadores econômicos, tem apresentado "menos revisões" de projeções para ano que vem.

"Quando eu olho para a curva juros, que é aquela que os traders apostam, hoje ela fechou em aproximadamente 10,47% ao final de 2024. Essa curva chegou a estar abaixo de 9%. Então, foram retirados muitos pontos de corte da taxa de juros até 2024 pelos agentes de mercado em função dessa piora do cenário internacional", disse.

Galípolo, no entanto, disse não ver esse comportamento no boletim Focus do BC.

"Quando eu olho para o Focus, eu vejo menos revisões sobre a taxa de juros terminal e menos revisões sobre a inflação de 2024", disse.

Para ele, os economistas ouvidos no Focus podem estar imaginando que o atual cenário de câmbio mais elevado é temporário e não afeta as previsões para o comportamento da inflação e da política monetária em 2024.

Na apresentação, o diretor disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) foi "bastante corajoso" ao definir em sua última reunião que manterá os cortes de 0,50 ponto percentual na Selic nos próximos encontros, justificando que o cenário tem elevado grau de incerteza.

A deterioração do ambiente internacional, com elevação da curva de juros nos Estados Unidos e conflito entre Israel e Hamas, levou agentes de mercado a esperar uma postura mais dura do BC. A taxa básica de juros está atualmente em 12,75% ao ano.

© Reuters. Sede do BC, em Brasília
25/08/2021
REUTERS/Amanda Perobelli

Galípolo afirmou ainda que o pagamento de taxa superior a 5% ao ano pelo governo dos Estados Unidos na remuneração a seus títulos públicos “nunca é confortável para países emergentes".

Ele argumentou que com o atual patamar das taxas dos títulos norte-americanos, o câmbio no Brasil está se comportando relativamente bem.

Galípolo ressaltou que não enxerga "nenhuma disfuncionalidade" no câmbio atualmente, reafirmando que não é adequado mexer nas reservas cambiais do país no meio do movimento de redução da taxa básica de juros, o que poderia distorcer as avaliações do BC.

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