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Desinflação de serviços ainda é dúvida para o BC, diz Campos Neto

Publicado 21.02.2024, 10:15
Desinflação de serviços ainda é dúvida para o BC, diz Campos Neto

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, disse que ainda é preciso entender o processo de desinflação do setor de serviços. Ele participou de evento promovido pela Frente Parlamentar de Economia Verde, em Brasília.

Campos Neto defendeu que há um processo mundial de queda na inflação dos serviços, mas que é preciso entender como será a última “milha“, em relação ao fim do processo de desinflação. Ele afirmou que houve uma piora recente na trajetória de preços do setor no Brasil, mas com fatores temporários. “Não temos componentes necessários ainda para entender essa última milha na inflação de serviços vai se dar de forma linear ou com momentos de convergência mais lenta”, disse o presidente do BC.

Ele disse que o mundo passou por um ciclo inflacionário durante a pandemia de covid-19 e que o processo não foi linear. Afirmou que, recentemente, o CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) surpreendeu para cima. “Foi maior do que o esperado”, disse.

Apesar disso, avalia que há uma tendência de desinflação no mundo que também indica uma futura redução dos juros no Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA).

Campos Neto disse que o ciclo inflacionário foi potencializado pelos preços dos alimentos e energia, mas que, recentemente, o último tem deixado de ser uma contribuição negativa.

Ele declarou também que o grande problema atual é entender a dinâmica da inflação de serviços, cuja desaceleração lenta no mundo está ligada à “mão de obra apertada”.

Segundo o gráfico apresentado pelo BC, a inflação dos serviços no Brasil está em 6,2%. “Serviços marginalmente piores, mas quando olha os fatores têm coisas mais associados a itens não recorrentes, como serviços bancários”, disse Campos Neto.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou uma taxa acumulada de 4,51% em 12 meses até janeiro. Está levemente acima do teto da meta de inflação, que é de 3% com uma tolerância 1,5 ponto percentual (de 1,5% a 4,5%). Para controlar o patamar, a autoridade monetária manteve a taxa básica, a Selic, por 13,75% ao ano por 12 meses, de agosto de 2022 a agosto de 2023, quando começou a flexibilizar a política monetária.

Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano, com perspectiva de cair para 10,75% ao ano em março.

Campos Neto avalia que grande parte dos países desenvolvidos estão no processo de manutenção de juros, mas com indicação de que a taxa vai cair em breve, como Estados Unidos e Canadá. Ainda assim, avalia que o nível de juros no mundo está em patamar alto historicamente.

O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), presidente da Frente de Economia Verde, declarou que Campos Neto é uma referência no Congresso. Defendeu a autonomia do Banco Central para o controle da base monetária. Afirmou que o BC tem uma visão “combinada” com o desenvolvimento do país.

O deputado declarou que não se pode pensar em questão ambiental sem pensar na frente econômica. Disse que é preciso pensar instrumentos para o desenvolvimento do país na área de sustentabilidade.

JUROS REAIS

Os juros reais –que consideram a inflação do país– estão caindo e estão menores que a média de outros ciclos de aperto monetário, segundo o presidente do BC. Ele citou que, em 2014, a taxa estava 3,6% acima da média de países similares, como México, Chile e Colômbia.

DÍVIDA DOS EUA

Campos Neto declarou que a dívida dos Estados Unidos será um tema de atenção pelo alto crescimento. Disse que a relação do endividamento com o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA andou de 30% a 40% durante décadas e passou a subir a partir de 2002. “Agora, a gente tem projeção de crescimento de dívida que vai a 180% do PIB”, disse.

O presidente do BC declarou que, além da dívida, os juros estão mais altos e o custo para custear os pagamentos é muito maior. “É como se você estivesse roubando a liquidez de outros mercados”, disse Campos Neto sobre o financiamento da dívida dos EUA. Os juros altos nos EUA atraem investimentos em títulos do Tesouro norte-americano.

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