Por Gram Slattery
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Detentos de presídio de Manaus tomaram sete guardas como reféns, disse a autoridade prisional local à Reuters no sábado, em mais uma evidência da violência endêmica que assola as prisões da região nos últimos anos.
O motivo da rebelião na Unidade Prisional do Puraquequara não ficou claro de imediato, mas as emissoras de televisão locais citaram um vídeo supostamente gravado por um preso não identificado, que se queixou de calor sufocante e falta de eletricidade na prisão.
Em nota, a autoridade penitenciária do Amazonas disse que os presos estavam exigindo a presença da imprensa e de grupos de direitos humanos. Eles não tinham informações sobre possíveis mortes.
Várias unidades policiais foram destacadas e já estavam iniciando negociações a partir da manhã de sábado, informou a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Amazonas em seu comunicado.
A rebelião ocorre quando o surto de coronavírus sobrecarrega os serviços públicos em Manaus, com autoridades enterrando vítimas em valas comuns e alertando os moradores sobre a falta iminente de caixões.
No ano passado, mais de 50 presos foram estrangulados ou esfaqueados até a morte, enquanto gangues rivais lutavam entre si em quatro prisões distintas de Manaus.