O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse acreditar que o país pode terminar o ano com crescimento acima de 2%, apesar de esperar um 1º semestre “crescendo a taxas mais modestas”. Haddad também afirmou que continuará perseguindo a meta fiscal de deficit zero. As declarações foram dadas em entrevista ao canal GloboNews na 4ª feira (22.fev.2024).
“Penso que nós temos o primeiro semestre ainda um pouco afetado pelo pico do juro do Banco Central, porque isso tudo tem um efeito diferido no tempo. E ele atingiu o juro real, porque a gente pensa muito em juros nominal e fala: ‘O juro nominal atingiu o ápice lá em 2022’. Na verdade, é o juro real que afeta a economia”, afirmou.
Haddad disse que a taxa de juros “atingiu o seu maior valor no ano passado” e que segue ainda “acima da chamada taxa neutra”, ou seja, mantém a inflação “onde ela está”.
Quanto ao deficit zero, o ministro afirmou que o papel do órgão é, com a meta definida, “buscar o resultado”. Mas declarou que isso depende de “uma série de fatores que envolvem o Judiciário e o Legislativo”.
“Enquanto eu for ministro da Fazenda, eu vou perseverar nessa direção, porque eu acredito que isso vai trazer muitos benefícios para o Brasil. Não tenho nenhuma dúvida de que nós estamos fazendo o que precisa ser feito”, disse.
O ministro afirmou que continuará os trabalhos para “ter a certeza que esse resultado virá”, seja em outubro, dezembro ou fevereiro de 2025. “Virá. Nós temos que perseverar para que ele venha.”