Por Jason Lange e James Oliphant e Grant Smith
WASHINGTON (Reuters) - A campanha à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou os gastos em junho em meio à intensificação da corrida presidencial, desembolsando mais de 50 milhões de dólares, cerca do dobro do valor investido no mês anterior.
Joe Biden, o oponente democrata de Trump na eleição geral de 3 de novembro, gastou consideravelmente menos --cerca de 37 milhões de dólares. As duas campanhas encerraram o mês aproximadamente com a mesma quantia de dinheiro no banco, cerca de 110 milhões de dólares cada, de acordo com registros apresentados na segunda-feira à Comissão Eleitoral Federal.
Mas Biden arrecadou mais do que Trump em junho --63,4 milhões de dólares contra 55,2 milhões de dólares.
A campanha de Trump gastou mais de 41 milhões de dólares em anúncios de televisão, digitais e outros enquanto pesquisas de opinião mostravam Biden conquistando uma vantagem significativa. Os eleitores expressam desaprovação à maneira como Trump lida com a pandemia de coronavírus e com os protestos contra a injustiça racial.
Os anúncios atacaram Biden por sua idade, 77 anos, e seu histórico em relação à China, mas a dianteira do democrata vem crescendo continuamente, apesar de o presidente ter aumentado os gastos.
Entre os eleitores registrados, Biden apareceu com 10 pontos percentuais de vantagem sobre Trump em uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada em 14 e 15 de julho.
Embora a campanha de Trump tenha comprado um espaço de tempo considerável na TV em todo o país, Biden só iniciou sua primeira grande investida de anúncios na segunda metade de junho.
Mas a campanha de Biden aumentou seu gasto com anúncios digitais dramaticamente no mês passado: os cerca de 175 mil dólares do mês anterior subiram para quase 17 milhões de dólares.
Kevin Madden, um dos principais assessores da campanha presidencial do republicano Mitt Romney em 2012, disse que a avalanche de anúncios de Trump está mostrando dificuldade para chegar aos eleitores.
"Os anúncios de TV estão tendo um efeito mínimo no estado da corrida neste momento", opinou. "Não existem muitos anúncios que alterarão as percepções dos eleitores quando você tem uma crise econômica presa nas costas de uma crise de saúde que impacta a vida das pessoas todos os dias."
(Por Jason Lange e James Oliphant em Washington e Grant Smith em Nova York)