SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista se afastou das máximas de quase 5,88 reais e fechou apenas em leve alta nesta terça-feira, enquanto no mercado futuro a cotação caía mais de 1%, refletindo algum alívio do mercado com sinalizações de que a PEC Emergencial será encaminhada à Câmara dos Deputados sem flexibilização substancial nos termos para economia fiscal.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a ideia do relator da PEC Emergencial, deputado Daniel Freitas (PSL-SC), é manter com pouca ou nenhuma alteração o texto da proposta que veio do Senado.
Lira, assim com Freitas, conversou com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira. Bolsonaro disse na noite de segunda que a PEC ideal era a que seria aprovada pela Câmara, o que causou algum ruído num contexto já de pressões de alguns aliados do presidente para poupar profissionais da segurança pública de congelamento de salários, como propõe o texto da PEC já aprovado pelo Senado.
Isso pesou no mercado no fim da tarde de segunda, com players já com postura mais defensiva após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anular condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que permitiria que ele concorresse à eleição presidencial de 2022.
No fechamento no mercado spot nesta terça-feira, o dólar subiu 0,24%, a 5,7927 reais, longe da máxima do dia (5,876 reais, alta de 1,68%). Na mínima, batida pouco depois das 14h30, a moeda caiu 0,17%, a 5,769 reais.
No mercado futuro, o dólar caía 1,45%, a 5,7970 reais.
(Por José de Castro)