A ministra da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, Esther Dweck, disse nesta 5ª feira (11.abr.2024) que espera apresentar uma contraproposta de reajuste salarial para professores e técnicos administrativos das universidades federais em até duas semanas. Os docentes entrarão em greve nacional a partir da próxima 2ª feira (15.abr).
“No caso dos professores, sei, sim, que estamos defasados por causa dos períodos anteriores e da alta de reajuste, porém há uma tabela [de valores salariais] já organizada, com poucas discussões sobre estrutura. Já os técnicos não, eles demandam uma reestruturação [da carreira] muito forte”, afirmou Dweck ao programa “Bom dia, ministra”, da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
A ministra admitiu que as discussões em torno das melhorias salariais caminham a passos lentos, mas declarou que tem participado de mesas de diálogo com o Ministério da Educação e com os representantes da categoria para fazer com que as negociações avancem.
“Não há nenhuma mesa parada, estão todas caminhando. Infelizmente, o tempo não é tão rápido, porque existem muitas decisões internas de impacto orçamentário, ver o que vamos precisar abrir mão para conseguir garantir isso. É uma decisão política e fiscal para conseguir fazer uma contraproposta”, afirmou a chefe do MGI.
O Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) aprovou, em assembleia geral na 3ª feira (9.abr), a greve nacional de professores universitários federais por tempo indeterminado. A classe reivindica reajuste de 22,71%, dividido em 3 parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. Já o governo federal propõe reajuste zero neste ano, e 2 reajustes de 4,5% em 2025 e 2026. Até o momento, a proposta foi recusada pela categoria.
A expectativa é de que os técnicos administrativos das instituições de ensino superior federais acompanhem a paralisação por demandas de reestruturação na carreira e aumento salarial.