Por Abdul Qadir Sediqi e Rupam Jain
CABUL (Reuters) - Um rígido esquema de segurança garantiu que a eleição presidencial do Afeganistão ocorresse neste sábado em relativa calma, apesar de vários pequenos ataques, baixa participação e reclamações sobre o sistema de votação terem aumentado os temores de que um resultado pouco claro possa levar o país ao caos.
Resultados preliminares não são esperados para antes de 17 de outubro e os finais somente até 7 de novembro. Se nenhum candidato obtiver 51% dos votos, será realizado um segundo turno entre os dois candidatos principais.
Os combatentes do Taliban atacaram vários locais de votação em todo o país para tentar atrapalhar o processo, mas a segurança intensa impediu a violência em larga escala vista em pleitos anteriores.
"Esta eleição foi a eleição mais saudável e justa em comparação com as eleições anteriores", disse Hawa Alam Nuristani, chefe da Comissão Eleitoral Independente (IEC) do país, após a conclusão da votação.
Dezenas de milhares de afegãos enfrentaram a ameaça de ataques de militantes e atrasos nas mesas de votação para votarem nas eleições, um teste importante da capacidade do governo --apoiado pelo Ocidente-- de proteger a democracia contra as tentativas do Taliban de atrapalhá-la.
Dois policiais e um civil foram mortos nos ataques do Taliban, que foram de forma geral em pequena escala, disse o Ministério da Defesa, acrescentando que 37 pessoas ficaram feridas.
Dezenas de milhares de soldados foram enviados para tentar proteger os eleitores e os locais de voto.
Autoridades da Comissão Eleitoral Independente não compartilharam imediatamente os detalhes sobre a participação, mas diplomatas ocidentais em Cabul estimaram que era baixa devido a temores de violência e atrasos causados pelas autoridades eleitorais.